quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aviso Importante!

Caros leitores, por motivos de tempo, haverá uma mudança nos dias de lançamento dos capítulos. O capitulo nº 61 será postado como de costume, ou seja, hoje (17/08), após isso, ficaremos um mês sem postar aqui, mas continuaremos escrevendo. O motivo para isso, como já dito, é o tempo, com um més sem postagem, iremos escrever os capítulos com mais tranquilidade e ficaremos adiantados. 
  Voltaremos a postar quarta feira (17/09), e a partir de então, os capítulos serão postados de quarta em quarta e não mais de domingo em domingo. 
  Obrigado pela compreensão. - By Matheus M.

É pois é, escrever não é nada fácil néh? Precisa-se de tempo... u_u 
O motivo dessa pausa de postagem também é para fazermos capítulos mais emocionantes, detalhados e divertidos, assim como para desenhar alguma cena que acontecerá nos próximos capítulos. Tenham paciência por favor, adoramos o publico ( no caso vocês :D ) que acompanham essa historia, da qual um dia se tornará um livro ( assim espero ^_^)
Obrigado por acompanhar, até a próxima!
Abraços! \o/ - By Tiago Galiza.

domingo, 17 de agosto de 2014

Ressonância 61º

Capitulo Sessenta e Um

Avaliação Anual - Parte Final

  Lukas poderia ter se levantado e ido procurar os outros objetos. Mas resolveu ficar lá, caído no chão. Todos os seus membros ainda doíam por causa das flechas que ele mesmo tinha lançado. Olhando para um céu sem estrelas, refletia sobre tudo o que já tinha acontecido com ele desde aquele dia, quando invocou Kaze pela primeira vez. 
  Deitado lá, imaginava o que todos os outros alquimistas estariam pensando, estariam rindo dele? Sentindo dó? Isso não importa agora.
  Um borrão preto passou por cima de Lukas. Virando a cabeça para o lado, viu Trevor chocar contra uma das arvores e cair de joelhos. Lukas virou a cabeça para o outro lado e viu Max parado, tranquilo na outra plataforma. 
  Trevor se levantou sem nenhuma dificuldade, se posicionando.
  - Achei que fosse mais forte - Disse Max - Tem certeza que foi você que criou toda aquela estratégia pra vencer a gente?
  Pare com isso Max. Pensou Lukas. não o provoque.
  - Pare de me provocar - Avisou Trevor.
  Ele avançou e passou por cima de Lukas novamente e atacou Max. 
  Eles sequer sabem que estou aqui?
  Trevor ameaçou atacar com a lamina da foice, na tentativa de enganar Max e atacar com o cabo bem nas costelas do adversário.
  Max conseguiu sorrir enquanto desviava da lamina e logo depois se abaixar, fazendo com que o cabo passasse a milímetros de sua cabeça. E para provocar ainda mais, empurrou Trevor e se manteve firme, com a coluna ereta e uma expressão de superior.
  Trevor avançou novamente, dessa vez com a lamina da foice para baixo, tentando outra estratégia. Quando se aproximou, Max ergueu a mão, uma onde de calor foi criada e atingiu o peito de Trevor. A camisa começou a queimar, mas nada além disso. 
  O ataque foi tão forte quer Trevor foi jogado para trás. Max sorriu enquanto esperava o adversário se levantar. 
  Trevor chacoalhou a cabeça ao se levantar.
  - Eu disse para você não me provocar Max - Disse ele.
  A pressão no ar mudou, Lukas conseguia sentir. Trevor segurava a foice com mais força que o comum, que até suas mãos tremiam. Ele deu um grito. Não era um grito de dor, nem de alegria. Um grito diferente.
  Max recuou um passo, já não ria mais. Estava com um olhar confuso, tentando prever o que Trevor faria, mas até mesmo ele sabia.
  - Ele disse pra não provoca-lo - Disse Lukas ainda no chão - Agora você vai se arrepender.
  - O que quer dizer? - Perguntou Max.
  Quando olha para o Trevor, ele esta sorrindo, com um olhar vidrado em Max, e Lukas conhecia muito bem. Já tinha visto antes.
  Em um salto, Trevor já estava do lado de Max. O garoto não escondeu o olhar de espanto ao ver tal velocidade. O ataque veio, Max virou-se e a lamina passou a centímetros de seu rosto. O garoto deu um passo para trás, e o segundo ataque veio.
  Max se abaixou no instante que a lamina iria corta-lo ao meio. Trevor não parava de sorrir, ou melhor, gargalhar. Outro ataque, e outro, cada vez mais rápido e difícil de desviar.
  Cansado, Max aproveitou a pausa entre um ataque e outro e tentou empurrar Trevor para trás. Alguma coisa luminosa saiu de suas mãos acertando Trevor em cheio.
  - Essa é nova - Disse Max - Eu nem sabia que podia fazer isso.
 Foi um pouco mais forte do que ele imaginava, e Trevor foi jogado a cinco metros de distancia, quase chegando na outra borda da plataforma. Se levantou de uma forma estranha. Como se não tivesse nenhum osso no corpo. Sua risada ecoou por toda a arena.
  - Eu estou cansado disso - Sua voz saia em meio a risada - Eu vou acabar com você agora.
  Então Trevor correu, seu corpo parecia ser feito apenas de ossos enquanto ele corria em zigue-zague em direção a Max.
  Com tamanha velocidade, Max não conseguia acompanhar. Trevor se movimentava de uma forma que nem dava para acreditar que ele continuava firme em pé. E sua frenética risada continuava.
  - Trevor - Tentou dizer Lukas - Não é...
  Quando Max se deu conta, Trevor estava atrás dele. A lamina erguida, desceu na diagonal cortando Max do ombro esquerdo ate a o outro lado da cintura.
  A lamina atravessou o corpo do garoto e fincou no chão. O corpo ao invés de cair em dois pedaços com deveria acontecer, se desfez em uma fumaça prateada. 
  - Interessante, ele sumiu - Disse Trevor.
  - Então você vai achar ainda mais interessante isso - Gritou Max do alto. 
  O garoto concentrou a maior quantidade de energia que lhe restou e atirou em Trevor, a mesma luz, porem mais forte, atingiu o adversário, que não teve nada além de suas roupas chamuscadas. 
  O ataque não parecer dar muito dano físico, mas trouxe Trevor de volta a si. 
  Max venceu dois sozinho. Pensou Lukas após assistir aquela batalha toda. Quanto poder esse garoto ainda tem?
  Max se apoiou em uma arvore próxima para respirar. Trevor sentou-se no chão, batendo em suas roupa para tirar a sujeira. E aquilo permaneceu no silencio. Nenhum dirigiu a palavra ao outro. Lukas olhou para os dois e não conseguia entender. 
  Até a voz do diretor ecoar pela arena
***
  As duas corriam por uma plataforma. Sarah tinha um pouco mais de dificuldade, já que sua vestimenta não ajudava muito. Usava um vestido azul escuro com botões pretos como detalhes. Preso em seu cabelo estava um rosa feita de plástico, objeto que encontrou em um altar. Ela mesma não sabia o que significava aquilo, mas se sentia orgulhosa por ter achado um objeto. 
  Emilly mantinha-se no mesmo ritmo que a aliada. Ao contrario de Sarah, ela não usava o vestido, apenas o uniforme. Segurava um relógio de bolso, também um objeto que encontrou em um altar, porem achava que estava quebrado, já que não mostrava a hora certa, e o único ponteiro girava em sentido anti-horário. 
  Com dois objetos, elas procuravam os outros para saberem se já tinham todos requisitos para sair dali. 
  ATENÇÃO! UMA REGRA FOI MUDADA NA AVALIAÇÃO. OS GRUPOS FORMADOS NO COMEÇO DESTE, ESTÃO AGORA SUSPENSOS. É CADA UM POR SI DE AGORA EM DIANTE, POREM A REGRA DOS OBJETOS CONTINUA. PEGUEM CINCO OBJETOS E ACHEM A SAÍDA. BOA SORTE. 
  No instante que as duas ouviram as palavras do diretor, tudo mudou. 
  O que antes uma corria com a outra, se tornou uma corria contra a outra. Emilly e Sarah se atacaram.
  Sarah girou os braços e uma corrente forte de ar foi em direção a Emilly. Ela por sua vez, ativou suas botas e saltou, passando por cima da aliada, agora adversária, Pousou suavemente no chão e deu um giro para acertar a barriga de Sarah. Conseguindo manipular o vento no momento certo, a garota conseguiu derrubar Emilly e tentou pressiona-la ao chão. 
  Emilly aproveitou a oportunidade e deu uma rasteira em Sarah, fazendo-a cair também. Se levantou com velocidade e tentou afundar o calcanhar na barriga de Sarah.
  Rápida como era, usufruiu novamente dos ventos para empurrar a si mesma a esquerda, se livrando da dor que sentiria se levasse aquele ataque.
  Emilly estava perdendo a paciência. Tentaria uma ultima coisa antes de usar o plano B. Correndo em direção a Sarah, ela deu um salto e esticou a perna direita, tentando fazer uma voadora, porem, como não tinha pratica com isso, saiu algo parecido. Sarah conseguiu desviar com muita facilidade e jogou outra rajada de vento em Emilly, e dessa vez acertou.
  Emilly caiu no chão alguns metros de onde estava. Irada, não teve duvida. Iria usar o plano B.
  - Gravity Boots - Disse ela - Level Two, Activate.(1)
  As botas da garota mudaram de forma. Agora cada uma delas tinha um aro negro próximo aos pés e uma faixa prateada se formou ao termino da bota. 
  Emilly sorriu.
  - Vamos ver agora.
***
  Samira já estava cansada. Por mais que suas setas fossem poderosas, Jessie conseguia ser mais rápida. Laura estava lá, e não iria fugir, não agora. Tinha fugido duas vezes aquela avaliação, mas agora iria ajudar se necessário.
  O mapa em sua mãos mostrava a localização de outros objetos, e tinha um bem perto de onde estava. Mas se corresse, Jessie iria atrás, e Samira não conseguiria impedi-la.
  A movimentista reparou que Jessie tirou os olhos dela e olhou para Laura. A garota soube o que a adversária iria fazer. Em um segundo, Jessie já estava na  metade do caminho. 
  - Laura - Gritou Samira.
  A garota usou suas setas para bloquear o caminho de Jessie, tarde demais. As setas de Samira não eram tão rápidas e elas se formaram após a passagem de Jessie. Mirando mais para frente, Samira criou uma seta no sentido oposto que Jessie ia para para-la. Mas Jessie viu, e mudou o curso de seu corpo, fazendo-o dar a volta pela seta e indo de encontro com Laura pela esquerda. 
  - Segure-se - Disse Samira.
  A garota criou uma seta aos pés de Laura, jogando-a para próximo de si. 
  - Laura, se afaste - Disse Samira - Vamos acabar com isso.
  Samira colocou as mãos em seu cabelo preso e tirou os dois hashis. Quando se transformaram em colts, algo no olhar de Samira mudou. Continuava aquela carinha de uma criança feliz, porem os olhos, os olhos eram de uma atiradora, uma atiradora que não estava de brincadeira. 
  A chuva de tiros começou. Samira atirava incansavelmente em direção a Jessie. Ela sabia que seus tiros não eram balas normais, já tinha testemunhado isso, então sabia que não poderia ferir gravemente a amiga.
  Os tiros iam, e Jessie desviava deles com toda a leveza que tinha em ser mulher. A habilidade de Samira permitia que ela movesse as coisa, mas a habilidade de Jessie podia fazer a única fraqueza dos ataques de longa distancia, movimentar a si mesmo em uma velocidade incrível. 
  - Seus ataques são incríveis - Disse Jessie - Movimentar qualquer coisa assim, a partir do nada. Muito legal. Mas minha experiência em combate, todos esses tempos de treino me fazem mais forte. não pode me acertar. - Jessie sorriu para Samira - Né, Samira-Chan(2)
  Samira respirou fundo. Sabia que Jessie tinha razão. Ela não queria estar ali, mas não tinha opção, nem volta. Tinha que lutar. Alguém pare essa luta. Pensou ela.
***
  Não havia encontrado ninguém e nem nada. Diego se achava o mais azarado. Devo ser o único que não achou ninguém. Droga. Quero me divertir. 
  - Finalmente achei alguém - Disse Aidan aparecendo bem na frente de Diego.
  Diego não sabia quem era o cara, mas era alguém, e isso era o que importava.
  - Agora começa a diversão - disse Diego animado - Preparado pra perder?
  - Claro - Respondeu Aidan - Mas creio eu que você vai perder primeiro.
  Diego ativou sua espada. E com ela partiu para a luta.
  Quando se aproximou de Aidan, pedras criaram vida e se colocaram entre os dois, a espada bateu e ricocheteou para trás, levando Diego ao chão. Aidan riu.
  - Que tipo de espadachim é você? - Disse Aidan - Caindo desse jeito.
  Diego se levantou rapidamente e tentou atacar Aidan novamente.
  As pedras responderam ao garoto e defenderam.
  Todos os ataques que Diego desferia, tinha que parar na metade do caminho se não a espada se chocaria contra as rochas e o resultado seria o chão.
  Sempre tentava mudar a tática, mas Aidan se livrava de qualquer armadilha que Diego tentava fazer.
  - Você é hilário cara - Ria Aidan - Serio. Como quer ser um espadachim desse jeito.
  Diego estava se cansando de tanto falatório.
  Querendo acabar com aquela chatice toda, Aidan fez as pedras voltarem para debaixo da terra. Aproveitou que Diego era lerdo demais e tocou o chão com as mãos. A terra começou a se erguer, formando uma espécie de minhoca gigante.
  Diego ficou em posição ofensiva, na tentativa de cortar aquela coisa.
  A minhoca feita de terra atacou, Diego tentou cortar, mas a terra se abriu quando a lamina passou e depois se fechou sozinha.
  Sem perder tempo, a minhoca se jogou contra o garoto e voltou ao estado de terra e acabou enterrando o Diego.
  - Acho que exagerei - Disse Aidan preocupado e foi ate o monte de terra para ajudar Diego.
  Quando estava chegando, Diego saiu sozinho e inteiro de lá, indo novamente para cima dele.
  Aidan criou as pedras novamente, mas dessa vez Diego foi mais rápido e deu uma curva para acertar as costas do adversário. Aidan se espantou, mas não perdeu a concentração, forçou a pedra a se curvar. Eficiente, porem lento. A espada de Diego batei na ponta da pedra e o lado cego da espada acertou as costa de Aidan.
  O garoto olhou para Diego e viu um olhar de ódio e de alegria, como se estivesse feliz por batalhar e nervoso pelos deboches de Aidan.
  Não deixando tempo, Diego atacou três vezes Aidan. O primeiro foi com a base da espada que acertou duas cabeça. A segunda iria acertar o corpo, mas Aidan defendeu com as pedras. A terceira, Diego colocou toda a forca que restara para dar um golpe com a parte cega da espada.
  Aidan criou a rocha para defende-lo. O choque da lamina com o minério tremeu o chão e o inacreditável aconteceu. A pedra se partiu ao meio e o ataque acertou o lado de Aidan, que caiu no chão e deu um grito de dor.
  Diego estava cansado e estava esperando sua cabeça parar de girar.
  Alguns minutos depois, ele se aproxima de Aidan e lhe estica a mão ajudando-o a se levantar.
  - Foi uma bela luta - Disse Diego - Não esperava ganhar de você.
  - E eu não esperava perder para um calouro - Respondeu Aidan - E agora, como esta nas regras, meu objeto é seu.
  Diego negou com a cabeça.
  - Você não tem nenhum objeto - Disse ele - Não me deixaria ganhar com tanta facilidade se tivesse um.
  Aidan sorriu, mostrando que fora descoberto. No mesmo instante ele ficou serio. Refletiu sobre algumas coisas rápidas e uma ideia veio na sua cabeça.
  - Vamos encontrar os outros - Disse Aidan - Essa avaliação acaba aqui e agora.
   E dando meia volta, passou por uma arvore e foi, com Diego atrás dele.
  
***
  Ficaram os três ali parados. Max, Trevor e Lukas. 
  Lukas tentava conversar com Max ou Trevor, mas as respostas dos dois eram muito diretas, ''sim'', ''não'', ''talvez''. Era só isso que falavam. Mas ele tinha entendido. Os dois haviam parado. Sabiam que aquilo era perda de tempo. Mas não vai demorar muito para que o diretor resolva fazer algo para nos colocar de volta nessa maluquice. 
  - Lukas-kun (3) - Gritou uma voz bem familiar e calorosa em meio as arvores.
  Samira apareceu de trás de uma pequena arvores com um sorriso no rosto. Logo atras apareceram Diego, Aidan, Laura e por ultimo Jessie, que parecia estar procurando alguém. 
  Lukas fez a maior força que pode para se sentar. 
  - O que vocês todos estão fazendo aqui? - Perguntou ele.
  Samira explicou para ele tudo o que havia ocorrido, desde o encontro com Jessie, até o encontro com Diego.
  - Esses dois ai devem estar no mesmo barco de vocês. - Disse Lukas apontando para Trevor e Max. - Depois que batalharam, ficaram ai.
  - Temos que encontrar as outras duas que faltam - Disse Aidan.
  - Elas devem estar próximas de algum dos altares, podemos procurar por la primeiro. - Disse Laura. 
  Max deu um salto de onde estava.
  - Certo - Disse ele se espreguiçando - Mostre-nos o caminho Laura.
  Trevor se levantou pouco depois e caminhou ao lado dos outros. Todos haviam desistido daquela avaliação. Mas o diretor não.
***
  - Isso é um absurdo - Gritou o Diretor - Um motim. Quem eles pensam que são. Eu fiz essa avaliação para ter lutar e módulos de treinamento, não para eles se juntarem e ficarem de papo.
  - Eles estão fazendo o certo - disse Samantha - Eles não devem batalhar entre si. Devem se unir para enfrentar um inimigo em comum, mesmo que se odeiem.
  - Não venha com esse discurso pão com ovo - Disse o diretor - Eles querem mudar as regras, então vamos mudar as regras. 
***
  - E como funciona esse negocio de pontos? - Perguntou Samira. 
  - A quantidade de objetos equivalem os pontos - Disse Aidan - Samira e Laura tem seus objetos, um mapa e uma bússola. Jessie também tem um objeto, uma chave. Assim fica dois a um pro time de vocês.
  - Então ganhamos? - disse Diego animado
  - Ainda falta Emilly e Sarah. - Disse Jessie - Não cantem vitória antes do tempo.
  Lukas olhou de um lado para o outro. 
  - Estranho - disse ele.
  - O que? - Perguntou Diego.
  - Estamos todos juntos, ou quase. Paramos com a avaliação. Não estão achando que o diretor esta quieto demais com relação a isso?
  Antes que qualquer um pudesse responder, barulhos foram ouvidos por todos a alguns metros de onde estavam..
  Eles correram o máximo que seus corpos podiam. Depois de batalhas duras, eles estavam exausto demais.
  Atravessando alguns arbusto eles se depararam com Emilly e Sarah lutando uma contra a outra.
  Jessie foi o que mais pareceu surpresa. Ela sabia que Emilly não gostava muito de Sarah, mas nunca pensou que brigaria com ela.
  - Samira - Disse Max - Separe as duas.
  Samira demorou para perceber que Max estava falando com ela, mas entendeu o recado. Esperou ate o momento que as duas estivessem próximas e uma de frente para a outra.
  Depois de varias rajadas de vento aqui, e ataques com botas ali, as duas estavam exatamente onde queria. As setas se formaram e cada uma foi jogada para um lado.
  - O que deu em vocês duas? - Perguntou Aidan.
  - Estamos na avaliação - Respondeu Sarah em meio ao cansaço.
  - O diretor mudou a regra, não ouviram? - Disse Emilly - Espere. Por que todo mundo esta aqui?
  - A avaliação terminou para nos - Disse Aidan - Chega com essa luta sem sentido, vamos achar a saída e vamos todos embora.
  - Otimo - Sussurrou Sarah.
  Emilly olhou para Jessie, que se aproximava para ajuda-la a levantar.
  - Vocês conseguiram alguma coisa? - Perguntou Jessie
  As duas concordaram e mostraram tanto a rosa, como o relógio.
  - Três a dois - zoou Aidan olhando para Diego - Ganhamos.
  - O que? - Diego não consegui acreditar.
  - Laura - Perguntou Trevor - Onde fica a saída?
  Todos tinham se esquecido de Trevor e Laura deu um pulo de susto.
  - A sim - Respondeu ela - Segundo o mapa é aqui do lado. Parabéns meninas, vocês encontraram a porta para sair daqui.
  De onde estavam dava para ver a proxima plataforma. Parecia pintada de vermelho, mas eram rosas, rosas de verdade. Um campo cheio de flores. E no centro havia uma porta de madeira com muros de pedra.
  - Chegamos - Disse Laura - Vamos.
  Antes que pudesse ir, Trevor a parou.
  ATENÇÃO. MUDANÇA DE REGRAS. VENCE AQUELE QUE CONSEGUIR CHEGAR ATE A PORTA.
  - O que ele quer dizer com isso? - Perguntou Diego.
  O chão começou a tremer e todos começaram a desequilibrar. Do fundo do abismo, algo começou a se mexer.
  - O que é aquilo? - Perguntou Max.
***
  - Você esta louco? - Gritou Samantha - São só aprendizes. Não pode fazer isso.
  - Veja e aprenda minha cara.  - Disse o diretor sorrindo - É isso que acontece com quem não faz o que eu mando.
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(1) - Botas da gravidade, Nível Dois. Ativar.
(2) - Para demonstrar informalidade, confiança, afinidade ou segurança com a outra pessoa.
(3) - Quando existe alguma intimidade, sendo geralmente utilizado para nomes masculinos.

domingo, 3 de agosto de 2014

Ressonância 60º

Capitulo Sessenta

Avaliação Anual - Parte 4

  Lukas já perdia as forças. O mormaço que saia das mãos de Max estavam começando a incomodar. Max segurou o arco de Lukas e com um tranco, tirou de sua mão. A arma, ao perder o contato com as mão de Lukas, voltou a forma de anel.
  Max olhou o objeto e o jogou para trás. O anel caiu próximo a borda, e Lukas suspirou aliviado por não ter caído da plataforma.
  - Vamos Lukas - Disse Max - Desista.
  Lukas negou. Não tinha nenhum plano em mente, já que seu arco se fora, mas não iria jogar a toalha. Ele precisava de tempo. Olhou de um lado para o outro e viu outra plataforma próxima. Em um salto, Lukas se equilibrou novamente em pé, e correu o máximo que pode para pular. Antes que pudesse tirar os pés do chão, foi barrado por Max que apareceu na sua frente.
  - Serio Lukas - Disse Max - Desista.
  Lukas deu alguns passos para trás, quando tocou em uma parede. Olhou esperando encontrar uma ruína ou algo do tipo, mas nada viu. Assim que tocou novamente, letras surgiram na área do toque. Ele colocou as runas. Não estava blefando. Pensou Lukas.
  As runas distraíram Lukas, que não percebeu a aproximação de Max. O chute acertou o braço direito do espiritualista, que caiu no chão. Pode-se ouvir um splash quando Lukas bateu na água. Ficou sentado e encarou Max, que ficou parado e serio, como se estivesse em transe.
  Quando foi se levantar, ao apoiar na terra lamacenta na margem do pequeno lago, lembrou de um detalhe. Fiquei pensando em todas as coisas que ele falou. Sobre suas habilidades, que esqueci das minhas.
  Lukas se levantou com um sorriso no rosto.
  - Você não pode prever este futuro - Disse Lukas esticando o braço na direção de Max
  Por um momento, Max pareceu confuso, mas logo voltou a seriedade.
  - Mundo subaquático, eu lhe invoco. - Lukas pareceu se animar com a expressão de Max - MIZU (1)
  A água do pequeno lago estourou e flutuou até estar entra Lukas e Max. Tomou forma e a pequena garotinha apareceu, exatamente com na ultima vez.
  - Mizu - Disse Lukas - Impeça seus movimentos.
  A garotinha, de vez obedecer, virou-se para ele. Estava irritada, dava para perceber.
  - Ai ai - Disse ela - Inacreditável. Ele não consegue lutar por conta própria e me chama.
  - Como é que é? - Disse Lukas desacreditando no que ouvira.
  - Você devia parar de nos chamar e ser mais espertos na hora de lutar - Gritava Mizu revoltada - Onde já se viu, eu no meio do meu lindo sono, sou acordada aqui e, onde exatamente é aqui?
  - Para de reclamar - Disse Lukas - Eu te chamei pra me ajudar a parar ele, larga de frescura e faça algo.
  Ela virou-se para Max e cruzou os braços.
  - Cara folgado - Sussurrou ela.
  - O que? - Gritou Lukas, mas logo se acalmou - Bem, se você não faz, quer dizer que não consegue.
  Mizu virou o rosto para ele. Um olhar irado estampado nos olhos dela. Psicologia inversa. Pensou Lukas. Sempre funciona.
  O que restou da água do pequeno lago foi erguido com os poderes de Mizu. Ela criou pequenas esferas de água e começou a bombardear Max. Os ataques eram um pouco mais lentos que de Kaze, mas Mizu parecia ter uma mira um pouco melhor, já que Max começou a ter dificuldades em desviar deles.
  Primeiro um ataque próximo a cabeça do garoto. Mizu parecia querer afoga-lo com suas munições. Dois esferas, Max conseguiu se proteger com as mãos, mas aquilo começou a machucar, e então resolveu desviar.
  Logo que Mizu percebeu a mudança de postura de Max, começou a atacar seus pés, para tentar derruba-lo.
  Max era rápido e estava se saindo bem. Então Mizu resolveu mudar os ataques. Ela criou uma bolha de água e prendeu Max dentro dela.
  Com o ataque bem sucedido, a pequena garota apenas sorriu, mas mudou de expressão ao ver vapor saindo da água. As mãos de Max estavam vermelhas novamente. Bolhas de vapor se formavam e saim da esfera de água.
  - Essa luta não vai levar a lugar nenhum. - Disse Mizu - Estou voltando. Me chame quando for fazer algo realmente importante.
  Num piscar de olhos, Mizu se desfez em água e desapareceu. A bolha que prendia Max também se desapareceu e o garoto estava torcendo a camisa molhada.
  - Um espírito novo - disse ele - Essa nem mesmo eu previ. Bem, hora de acabar com isso.
  Quando voltou seus olhos para Lukas, viu o garoto passar em uma velocidade incrível ao seu lado. Sem tempo para reagir, apenas virou e seguiu com os olhos o percurso que o adversário fazia.
  Lukas se jogou no chão e pegou seu anel de volto. Ao tocar os dedos do garoto, voltou a ser o arco. Se levantou e com a flecha mirou em Max.
  - Você sabe que não vai me causar dano. Uma dor temporária, mas vou continuar capacitado a batalhar.
  Lukas não perdeu a concentração. Fechou os olhos por alguns instantes e pensou no que lera a algum tempo.
  Quando abriu os olhos, um pequeno circulo do poder apareceu em seu olho direito.
  A capacidade de enxergar aumentou. Lukas podia ver ate a mais minúscula das formigas em um raio de cinquenta metros. Errar um alvo era impossível.
***
  - O que ele esta fazendo? - Perguntou o diretor impaciente.
  - Ele esta testando as novas habilidades que possui - Disse Samantha.
  - Aqui não é lugar para se testar habilidades. Ele vai matar o Max.
  - Como se você se importasse - Retrucou Samantha - E não se preocupe. O que ele esta fazendo e vai fazer não vai matar ninguém. 
  - Isso é bom - Aliviou-se Dianna
  Samantha tinha fé. Mas sabia que a ideia de Lukas não ia dar certo.
***
  A flecha estava preparada e Lukas também. Max não tinha como fugir.
  - Isso acaba aqui - Disse Lukas.
  Deu mais uma respirada profunda. Tudo parecia perder o som. Era apenas ele e as batidas de seu coração.
  - Rajad Ventorum (2) - Disse Lukas.
  Ele atirou e a flecha foi em direção a Max, que por sua vez, colocou os braços em frente ao corpo para que as flechas acertem os membros e não causem tanta dor. Por entre os braços, ele viu a flecha se aproximar e desaparecer, como se nunca tivesse sido lançada.
  Tudo esta dando certo até agora. O ataque esta indo igual escrito no livro, só preciso de um tempo. Pensou Lukas. Mas foi ai que ele notou. Seu corpo gelou. Um espanto percorreu seu corpo. Esta funcionando. Max não pode defender isso. O que estou fazendo? Lukas, não pode ataca-lo com isso.
  Uma tremor percorreu o corpo de Lukas. Algo brilhou atrás dele. Quando se virou viu seu circulo mágico.
  - Hãm - Foi a única coisa que conseguiu dizer.
  O circulo brilhou e varias flechas se projetavam e atacam Lukas. Ele tentou se jogar para o lado, mas muitas das flechas acertaram seu corpo. A dor era insuportável, e o grito de dor pareceu ecoar por toda arena.
  Lukas caiu no chão imóvel. Seus olhos abertos piscavam, o que mostrava que estava vivo. Seu corpo estava vermelho, causada pelas flechas.
  Max correu até Lukas e se ajoelhou ao lado dele.
  - O que você fez consigo mesmo? - Perguntou ele.
  - Talvez não tenha dado certo - Respondeu Lukas sem mexer um músculo - Talvez eu não tenho feito direito. O que importa agora? Eu não tenho nenhum objeto Max, pode continuar.
  Max olhou para ele. Concordou com  a cabeça, se levantou e foi ate a borda da plataforma e pulou para a seguinte, desaparecendo.
***
  Depois de tanto correr, Laura optou por caminhar. O mapa passou de indecifrável para confuso. Depois de achar um ponto de referencia, ela parecia seguir o caminho certo para achar o próximo altar. Pular as plataformas começou a ficar fácil. Era só dar um impulso e pronto.
  Graças a sua habilidade, não precisou mais consultar o mapa depois de vê-lo duas vezes. Ela sabia que depois de pular mais três plataformas chegaria até outro altar. Agarrando-se a borda de uma outra plataforma um pouco mais acima da que estava, ela subiu sem nenhuma dificuldade.
  Era uma plataforma enorme, a maior que ela já tinha estado. Não conseguia enxergar o final por causa das grandes arvores.
  Adentrou na plataforma e foi abrindo caminho com as mãos. Era bem denso e as arvores impedia que muitos dos raios luminosos passassem. O ar estava fresco, perfeito para tirar um cochilo, como pensava ela.
  Um som nos arbustos chamou sua atenção, e antes que pudesse se virar por completo, algo se chocou com seu corpo e foram para o chão. Dois gritos femininos ecoaram por entre as arvores.
  - Laura-Chan (3) - Disse Samira cansada.
  - Ola Samira - Disse Laura - O que houve?
  Samira se levantou e ajudou Laura a se levantar. Samira parecia preocupada e olhava de um lado para o outro. Logo tirou do bolso um objeto circular feito de metal com escritos em dourado.
  - Encontrei isso logo depois que nos separamos - Disse ela - Estava em um outro altar. Mas Jessie me seguiu e começamos uma batalha. Consegui distrai-la e então fugi para cá.
  - Mas - Disse Laura - Como passou pelas runas?
  - Runas? - Samira demorou para lembrar das runas citadas pelo diretor - A sim, não tinha nenhuma. Acho que não deu tempo de fazer.
  Laura pensou no que poderia ter acontecido para não ativarem as runas
  - Vamos, acho que encontrei outro. - Disse ela.
  - Serio?  - Disse Samira surpresa - Vamos então, antes que Jessie nos alcance.
  Laura ficou seria.
  - Jessie estava seguindo você?
  - Eu te disse - respondeu Samira - Eu tentei despista-la, mas ela deve estar correndo atrás de mim.
  Então Laura arregalou os olhos.
  - O que foi Laura?
  - Não se pode despistar Jessie, Samira. Muito menos ganhar uma corrida com ela. A habilidade dela não permite isso.
  - Ola meninas - Disse a voz feminina atrás delas.
***
  - E agora eles tem dois objetos, e os veteranos nenhum. - Disse Samantha, provocando o diretor.
  Dava para notar o diretor apertando as mãos uma contra a outra.
  - Mas um deles não esta mais capacitado para lutar. Estão em desvantagem numérica.
  - Números não importam - Respondeu Samantha sabendo que ganharia aquela discussão - A qualidade sim. E é esse o objetivo que essa avaliação deveria seguir.
  O diretor ficou calado. Samantha,orgulhosa virou-se para Dianna e viu ela olhando para a arena. Parecia procurar alguém.
  - Quem esta procurando Dianna? - Perguntou ela.
  - Trevor - Respondeu a professora - Não o vejo desde o encontro com Max.
  - Ele deve estar bem. Agora veja, parece que mais dois meninos estão pare se encontrar.
  - E assim, mais um dos calouros perde - Debochou o diretor.
  Veremos. Pensou Samantha.
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(1) - Água
(2) - Rajada dos ventos.
(3) - Sufixo que demonstra informalidade, confiança, segurança, afinidade com outra pessoa.