domingo, 29 de dezembro de 2013

Ressonância 34º

Capitulo Trinta e Quatro

Voltando a Ativa

  Lukas viu Dianna saindo da sala de Samantha junto com Diego. O garoto parecia confuso com alguma coisa, mas Lukas não podia perder tempo.
  - Dianna - Gritou ele.
  - Olá Lukas - Disse ela - Por que toda essa correria?
  - Precisamos conversar.
  Dianna ficou seria por um momento e logo depois confusa.
  - Sobre o que? - Quis saber ela.
  - Você você que encontrou Max , não foi?
  Dianna concordou, ainda mais confusa, já que não sabia onde aquela conversa iria levar.
  - Então me responda - Disse Lukas serio - Como foi que ele chegou aqui?
  Dianna não respondeu. Diego ficou observando os dois, um olhando para a cara do outro. Lukas esperando uma resposta e Dianna pensando no que dizer.
  - Ele não tinha condições nem de respirar direito - Continuou Lukas - Como ele saiu de um lugar cheio de Onis e veio para a academia daquele jeito?
  - Acho melhor deixar que Samantha explique isso Lukas - Disse Dianna - A segredos na habilidade de Max que nem mesmo eu sei.
  - Por que tudo é a Samantha nesse lugar? - Perguntou Diego.
  Lukas começou a caminhar em direção a porta da sala da Samantha quando Diego o parou.
  - Ela não esta em seu melhor dia. Converse com ela amanhã.
  Respirando fundo, Lukas conseguiu aguentar a curiosidade. Sem trocar muitas palavras, desceu as escadas com Diego e Dianna.
  - Por que vocês não pegam uma missão? - Perguntou ela.
  - Sim. - Respondeu Diego de imediato - Faz tempo que não me divirto.
  - Vão ate a biblioteca e escolham qualquer uma. - Explicou Dianna - Avisem a Cássia que estão pegando uma missão e boa sorte.
  Diego mais que depressa, saiu correndo em direção a biblioteca. Lukas respirou fundo novamente e saiu desanimado atras do amigo.
***
  Samira nunca passou tanto tempo dormindo. Depois que saiu daquele treinamento, chegou no quarto e caiu na cama, dormiu com a mesma roupa que estava. Quando acordou sentia-se totalmente revigorada e pronta para enfrentar o que viesse pela frente.
  Depois de uma longa espreguiçada, tomou um bom banho, colocou uma roupa confortável e saiu de seu quarto.
  O corredor estava cheio de gente indo de um lado para o outro. Apesar de não gostar de multidões, Samira se sentia a vontade com todos.
  Depois de vários 'Boa tarde'', Samira chegou ate a cantina. Um cheiro ótimo vinha la de dentro. Não perdendo tempo, entrou.
  Lukas e Diego estavam, sentados no balcão. Lukas comia uma panqueca e bebia um copo de leite morno, enquanto Diego devorava pratos que era difícil de identificar.
  - Por que toda essa pressa? - Perguntou ela, chegando com um sorriso de ponta a ponta do rosto.
  - Diego esta ansioso para mais uma missão - Respondeu Lukas - Não sei o por que dessa animação toda.
  Samira sentou ao seu lado e pediu um suco de laranja. Em menos de minutos Laura voltou com um copo enorme de suco.
  - E que missão é essa? - Perguntou Samira.
  - Nem vimos ainda - Respondeu Lukas - Convenci ele a comer antes de qualquer coisa.
  Samira começou a falar de como estava ótimo o dia dela. Disse que estava com o corpo ótimo para qualquer coisa, mas que no fundo ainda se sentia cansada. Como se estivesse bem, mas ainda com sono.
  - Você deve ter dormido pouco - Falou Diego
  - Sim, seu corpo se restaurou, mas você não totalmente descansada. - Completou Lukas.
  Antes que Samira pudesse falar algo, Diego falou antes.
  - Muito bem, vamos.
  E saiu correndo, sem se quer deixar os amigos se queixarem.
***
  Dentro da biblioteca, o silencio reinava, era o único momento de paz para qualquer um que la ficava. Lukas, Samira e Diego olhavam os panfletos no quadro de missões.
  - Que droga - Queixou-se Diego - A maioria das missões são de reconhecimento. Cade as missões bacanas?
  - Tem razão - Concordou Samira - Acho que os outros alquimistas devem ter pego antes de nós.
  Samira bocejou, colocando a mão em cima da boca.
  - Tudo bem Samira? - Perguntou Lukas.
  - Hai Hai(1) Só estou com um pouco de sono, só isso.
  Lukas voltou seus olhos para o quadro, quando viu algo que chamou sua atenção.
  - Acho que encontrei o que procurávamos, olhem isso.
  - Ótimo - Disse Diego arrancando o panfleto do quadro.
  E juntos passaram pela Cássia, e em seguida, saíram com destino a sua nova missão.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Sim sim.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Ressonância 33º

Capitulo Trinta e Três

O Aviso

  Lukas bateu na porta da enfermaria. A mulher da enfermaria abriu a porta e com um pequeno sorriso deixou ele entrar. Max estava sentado na maca jogando dama com a pequena garotinha que ajudara Diego. Ele tinha curativos em varias partes do corpo, mas parecia bem.
  - Max... - Começou a dizer.
  - Espere - Cortou Max.
  Ele moveu uma peça do tabuleiro o sorriu desafiador para a garotinha. Ela, por sua vez, pensou um pouco. Pegou uma peça e moveu em uma sequencia de movimentos vitoriosos, retirando todas as peças de Max do tabuleiro.
  - Venci.
  - Nani? (1) - Disse Max confuso.
  - Você é péssimo nisso - Disse a menina rindo.
  Foi então que Max olhou para Lukas.
  - O que você queria dizer? - Perguntou ele.
  Lukas estava tão concentrado no tabuleiro e revendo as táticas da menina que demorou um pouco para perceber que Max falava com ele.
  - A sim, quero dizer, nada não. Só vim aqui ver como está?
  - Vou sobreviver. Com alguns hematomas, mas nada serio.
  - Mas o que deu em você pra pegar uma missão daquelas?
  - Aquela? Era uma missão de nível fácil comparada ao meu nível. Só não estava contando com o numero imenso de Onis la.
   A garotinha já tinha arrumado o tabuleiro para mais uma partida e esperava pacientemente para o novo jogo.
  - Bom, como posso ver, você tem um desafio pela frente. - Disse Lukas olhando para o tabuleiro. - Espero que melhore.
  - Arigato(2) - Disse Max voltando sua atenção ao jogo.
  Lukas saiu e fechou a porta atras de si. Sem tirar a mão da maçaneta, começou a refletir sobre algo que veio em sua mente. Quando a ficha caiu, ele começou a correr meio sem ruma pela academia a procura de Dianna.
***
  Dianna abriu a porta para Diego entrar. Samantha estava em sua mesa na mesma posição que sempre esteve. A unica coisa diferente no local, era que continha apenas uma cadeira do lado oposto da mesa.
  - Sente-se Diego - Disse Samantha.
  Ele obedeceu, e continuou em silencio.
  - Sabe, eu estava observando treinamento de vocês. E dos quatro que la estavam, você foi o único que não passou Diego, além de ter sido o único que não me achou.
  Diego tomou folego para falar, mas Samantha continuou:
  - Você deveria ser o primeiro a ter me encontrado e ser o único a não cair nas minhas armadilhas.
  Samantha se levantou e começou a andar pela sala.
  - Não é minha culpa, não tenho uma habilidade boa igual a dos outros para batalhas. Minha habilidade é inútil.
  Antes que ele percebesse, Samantha estava atras dele. Ela segurou nas costas da cadeira e girou em 180º fazendo com que Diego ficasse de frente para ela.
  - Nenhuma habilidade é inútil Diego, tenha isso em mente.
  Ela parou, olhou para ele e ficou pensando.
  - Diego - Disse ela - O que você acha que sua habilidade faz?
  - Bem, eu posso ver a alma das pessoas e sentir o que elas sentem. Só isso.
  - Só isso? - Disse Samantha - Não Diego, não é só isso. Vamos lá.
  Ela tomou alguns passos de distancia e virou-se de frente para Diego.
  - Vamos - Disse ela - Veja minha alma.
  Diego ficou meio incomodado com a ordem repentina, mas se ajeitou na cadeira e olhou fixamente para Samantha.
  Conforme ia visualizando a alma de Samantha, foi arregalando os olhos, pois a alma dela era enorme comparada as almas que já vira.
  - Você esta vendo não é? - Disse Samantha - Vamos, descreva minha alma.
  - Sim - Disse Diego ainda impressionado - Bem, é uma alma bem grande comparada as outras que eu já vi.
  - E o que mais? - Continuou Samantha - Vamos, descreva a personalidade da minha alma garoto.
  - Claro - Disse ele nervoso - Só um segundo.
  Então Diego começou a se concentrar cada vez mais. E conforme a alma ia aparecendo, ele ia descrevendo:
  - Eu notei uma coisa Samantha, todas as almas são redondas.
  - De fato são - Concordou Samantha - Continue.
  - Todas elas parecem ter uma chama em cima ou dos lados. E emitem uma energia unica.
  - Isso são coisas básicas de qualquer alma Diego, por favor, descreve a minha alma como ela realmente é. Consegue fazer isso?
  - Deixa comigo - disse ele espremendo mais os olhos, como se quisesse enxergar além do corpo da mulher.
  - Estou vendo - Disse ele arregalando os olhos - É incrível!
  Samantha mudou o peso do corpo para a outra perna.
  - Sua alma tem uma grande estrela no interior, a alma esta cercado por anéis e parece que tem varias bolinhas de vários tamanhos  girando juntas com esses anéis. Além de varias coisas brilhando em volta de tudo. Parecem até mini estrelas.
  Após tudo isso. Samantha cruzou os braços e se aliviou. Deu ate um pequeno sorriso para Diego por estar satisfeita com o que ouviu.
  - A descrição de sua alma me lembra um planeta. - Disse Dianna.
  - Sim, lembra mesmo. - Concordou Samantha.
  - Então, acertei? - Perguntou Diego.
  - Não sei, nunca vi minha própria alma., mas se você a descreveu assim, então de fato ela é como foi dita.   - Então eu consegui? - Perguntou o Garoto.
  - Sim, conseguiu Diego - Disse Samantha.
  Uma sensação de alivio percorreu o corpo dele.
  - Cool - Comemorou ele.
  - Diego - Chamou Samantha - Antes de ir, que te dizer um coisa.
  - O que? - Questionou ele.
  - Você demorou um pouco para poder visualizar minha alma. Isso se da ao fato de seu olhos não estarem acostumados a ver as almas a sua volta. Conforme você exercitar isso, terá mais facilidade em ver as almas, além de sua percepção com relação a elas ficaram melhor.
  - O que a senhora quer dizer com isso? - Perguntou ele.
  - Quero dizer que, quanto mais almas você vê, mas fácil sera de sentir a energia e aproximando. - Respondeu Samantha.
  - Acho que intendi o que quis dizer. Pode deixar comigo. Daqui por diante, todos os dias, irei exercitar minha habilidade. - Disse Diego empolgado.
  - Isso ira ajuda-lo e bastante. - Disse Samantha - Agora pode se retirar.
  Diego se levantou da cadeira em direção a porta, ao se cruzar com Samantha, ele ouviu:
  Pode se ver muito mais além das almas.
  Diego podia jurar que ouviu Samantha cochichar em seu ouvido dizendo essa frase. Mas ela nem abriu a boca. Pensou Diego.
  - Samantha, você disse alguma coisa? - Perguntou ele.
  - Não, não disse nada. Disse Dianna?
  - Não senhora, não ouvi nada - Respondeu a professora.
  - Devo estar ouvindo coisa. Bem, já vou indo. - E saiu da sala.

------------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - O que.
(2) - Obrigado.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Ressonância 32º

Capitulo Trinta e Dois

Labirinto - Parte Final

  Samira estava quase se rastejando pelo corredor. Estava muito cansada e tudo o que queria era uma cama confortável. Enquanto caminhava, viu uma luz em um corredor próximo. Virou a esquina em um novo caminho e se sentiu aliviada com o que viu.
  Nunca tinha se sentido tão feliz em ver Samantha na vida dela. Sentada em uma poltrona confortável, Samantha apoiava um livro em seu colo.
  Samira deu um passo em sua direção e parou. Lembrou do que tinha acontecido com a outra Samantha e percebeu que não estava tão feliz assim em vê-la.
  - Você é a Samantha? - Perguntou ela - Digo, a Samantha de verdade?
  - Cabe a você descobrir - Respondeu Samantha.
  Ela não sabia o que fazer. Podia seguir em frente e ter a sorte de ser a Samantha ou podia ir até ela, e cair em outra armadilha.
  Aquele dilema estava deixando ela louca. Vou ou não vou?
  - Samantha - Gritou Lukas Chegando por outro corredor - Finalmente te encontrei.
  - Lukas, espere! - Gritou Samira, mas era tarde demais.
  Lukas foi de encontro com Samantha, mas nada aconteceu. Samira esperou mais alguns segundo, para ver se mais uma jaula aparecia, mas nada apareceu. Ela se juntou aos dois.
  - Ohayou Gosaimasu(1) Samira - Disse Lukas - Supondo que ainda seja de manha.
  - Não faça algo assim outra vez Lukas - Disse Samira - Apostando na sorte? Ficou maluco.
  Lukas não estava intendendo por que Samira tinha ficado brava com ele. Ele não tinha feito nada de errado. Muito menos esteve com ela para ter feito algo. Antes que ela pudesse prosseguir com a bronca, passos ecoaram pelo terceiro corredor.
  Trevor vinha calmamente pelo corredor escuro, viu os três parados e se juntou-se a eles.
  - Demoraram tanto alquimistas - Disse Samantha - Faz horas que estou esperando vocês voltarem.
  - Você quer mesmo que a gente responde? - Disse Lukas - Por acaso a senhora é louca? Quase nos matou com aquelas armadilhas. Não é Trevor?
  Trevor não respondeu.
  - Trevor - Chamou Samira - Ajuda aqui.
  - Hãm, o que posso dizer - Começou ele - Não cheguei a morrer, mas teve partes que eu não gostei.
  - Entendo - Disse Samantha - Mesmo assim, me sigam, vamos sair daqui.
  Não andaram muito e já estavam do lado de fora do labirinto.
  - Nossa! Já saímos? - Perguntou Samira impressionada.
  - Parece que estávamos tão longe - Concordou Lukas.
  - Pode-se dizer que é tudo uma questão de perspectiva - ela olhou para os três antes de continuar - Parabéns! Vocês três passaram no teste.
  - É, depois de quase morrer, tínhamos que ganhar alguma coisa. - Disse Lukas.
  - Hai hai(2) - Disse Samira. Apos dizer, parou e olhou de um lado para o outro - Mas, cade o Diego?
  - Suponho que ainda esteja no labirinto. Ouçam. - Disse Samantha colocando a mão atras da orelha.
  - ME TIREM DAQUI - Gritava Diego em algum lugar do labirinto - ALGUEM ESTA ME OUVINDO? EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR DE CABEÇA PARA BAIXO. ALGUEM?
  - Ele parece estar tão longe. - Argumentou Trevor - Eu é que não vou busca-lo.
  - Não sera necessario - Disse Samantha estalando os dedos da mão direita.
  Diego surgiu na frente dos amigos ainda amarrado. Mas não demorou muito para a corda se desfazer e ele cair no chão.
  - Como eu cheguei aqui? - pergutou Diego.
  - Eu te teletransportei - Respondeu Samantha.
  - Facil assim? - Rebateu Samira.
  - Sim, para mim sim - Respondeu Samantha. - Sem mais delongas, podem se retirar. Tomem um banho e vão dormir. E Lukas, soube que Max acordou, se quiser ir la falar com ele.
  Seus ombros relaxaram e se despedindo dos amigos, tomou um caminho oposto em direção a enfermaria.
  Dianna desativava o labirinto. E a sala voltava a ser apenas um local vazio. Antes que Diego pudesse virar a porta, Samantha gritou:
  - Diego, depois venha a minha sala sozinho. Precisamos conversar.
  - Pode deixar - Respondeu ele e depois saiu.
  Apos ele sair, Dianna se aproximou de Samantha e disse:
  - Por que quer chama- lo em sua sala?
  - Esta na hora de uma conversa seria com aquele garoto, se quer descobrir sobre o que irei falar, nos acompanhe nesse dialogo - Respondeu Samantha - Se quiser é claro.
------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Bom dia
(2) - Sim sim

domingo, 8 de dezembro de 2013

Ressonância 31º

Capitulo Trinta e Um

Labirinto - Parte 3

  Bateu na roupa para tirar a poeira que as colunas causaram a ele. Examinou o local em que estava, mas parecia ser igual a todos os outros lugares. Barulhos começaram a surgir das paredes e chão próximos ao Trevor. Mais pilares surgiram tentando acerta-lo a qualquer custo.
  Trevor corria e desviava do máximo que podia das colunas que apareciam. Chegou em uma bifurcação e escolheu o caminho da esquerda, sempre sendo acompanhado pelos pilares. Em certa parte do caminho uma coluna apareceu bem embaixo dele, acertando-o no queixo com tamanha força que até saiu do chão. Ainda no ar, outra coluna veio em sua direção pela direita e o acertou de raspão, fazendo com que ele girasse em pleno ar e logo uma sequencia de colunas surgiram e acertaram Trevor, fazendo-o voltar ao chão.
  Apesar de sua habilidade que permitia se proteger sempre de ataques, parecia que aqueles pilares não eram tão simples assim, pois Trevor podia jurar que sentiu uma pequena dor apos a sequencia de ataques.
  Levantou-se do chão e disse:
  - Chega. Estou cansado de ser surrado por algo tão besta.
  Mal terminou de dizer quando duas colunas surgiram, uma da direita e outra da esquerda. Trevor permaneceu no lugar, esticando os braços com os punhos cerrados.
  As duas colunas vieram com imensa força e velocidade. Aquilo esmagaria qualquer ser humano normal, mas não ele, não Trevor. As colunas pararam ao eclodir com seus punhos. Rachaduras se formaram no concreto depois do impacto com os punhos dele.
  - Como? - Dizia Trevor a ele mesmo - Como eu tenho uma habilidade dessas? Nem mesmo sei o nome ou o que ela realmente faz.
***
  Lukas já havia pensando em todos os meios de morrer, mas jamais passou pela sua cabeça, ser esmagado por pedras gigantes.
  Já sem saber mais o que fazer e duas pedras enormes vindo em suas direção e sem nenhuma saída. Sem pensar em mais nada, se encolheu e cobriu a cabeça com os braços esperando que algo o salvasse.
  Passado alguns segundo e nada aconteceu. Ele abriu os olhos e viu a pequena Kaze segurando as duas pedras uma com cada mão.
  - Tudo bem, Rukasu(1)? - Perguntou ela sorridente.
  - Hai - Respondeu ele.
  -Vamos dar um jeito nessas pedrinhas, né?
  Então Kaze retirou as mãos das pedras e as impulsionou. Até parece que uma garotinha iria conseguir fazer algo assim. Mas Kaze é o espirito do ar.
  Com o impulso de suas pequenas mãozinhas, as pedras foram arremessadas para bem longe, ate mesmo para fora do labirinto. Lukas olhou para ela impressionado antes de dizer:
  - O que você faz aqui Kaze?
  - Oras! - Respondeu ela - Foi você que me chamou.
  Ela apontava para o braço de Lukas, onde sua tatuagem mudara de cor, passando de negra para acinzentada.
  - Nossa, nem percebi que tinha te invocado - Disse ele - Arigatou Gosaimasu(2).
  - Que isso - Respondeu ela envergonhada - Não foi nada.
  E desapareceu.
***
  Diego não aguentava mais andar e cair em armadilhas com bombas. Sua roupa estava toda chamuscada e suas costas ainda ardia da queimadura. 
  - Ha! - Queixou-se ele - Que droga de treinamento, não aguento mais essa chatice. Bem que Samantha poderia aparecer.
  Foi quando viu Samantha passar correndo em sua frente de um corredor para o outro. Diego estava determinado a não perder-la desta vez. Correu na mesma direção que ela. Assim que conseguiu alcança-la, puxou-a pelos ombros.
  - Espera Samantha.
  Ela apenas se virou.
  - Tolo... - E desapareceu.
  - Como é que é? - Disse ele - Ela sumiu de novo.
  Foi quando ele sentiu algo em sua perna e olhou para baixo o mais rápido que pode. Ele tinha caído em outra armadilha, uma diferente desta vez.A corda pegou-o pela perna e o ergueu de cabeça para baixo.
  - Legal - Ironizou ele - Outra armadilha, e das antigas ainda.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Lukas escrito em japonês.
(2) - Muito Obrigado.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Ressonância 30º

Capitulo Trinta

Labirinto - Parte 2

  Um sonho, ou melhor, um pesadelo. Correr em um lugar desconhecido, na escuridão eternamente com um pedra enorme rolando em sua direção.
  Lukas estava cansado de correr, mas não tinha lugar seguro para ele parar. A pedra tinha o dobro de seu tamanho, e esmagaria ele fácil. Como é que essa pedra continua rolando em um terreno plano? Fala serio Samantha, nem as leis da física você obedece?
  Descartando a hipótese de escalar a parede, só restava ficar correndo até a pedra parar ou até encontrar um caminho alternativo.
  Não vendo uma pedra em seu caminho, tropeçou e quase caiu, sentindo que a pedra afundou no chão. O que vem agora? Ainda correndo, esperou que mais alguma coisa acontecesse. No momento que ele esperava não. Mas depois de alguns segundos, escutou um barulho na escuridão bem a sua frente. Espremeu os olhos para ver melhor.
  - Isso só pode ser brincadeira - Disse ele.
  Outra pedra gigante vinha de encontro ao Lukas. Ele parou quase que de imediato e virou, parando novamente já que sabia que tinha outra pedra na direção oposta. Olhou de um lado para o outro, vendo as duas pedras e nenhuma saída.
  E agora? Pensou ele enquanto as pedras se aproximavam. Fechou os olhos e esperou o impacto.

  Samira andava em circulo dentro daquela cela, pensando em uma maneira de sair dali.
  - Alguém me tira daqui - Gritou ela.
  Começou a chacoalhar a grade, na esperança de alguém escuta-la. Chutou até seus pés doerem. Batia na grade e nada acontecia. Parou e começou a pensar. Logo, voltou a chutar a barra. Sentiu a grade tremer e parou novamente. Olhou esperançosa para o metal. Por fim, deu um pequeno sorriso.
  Tomou uma certa distancia e se concentrou. Aquilo já se tornara fácil para ela e quase que de imediato, uma seta surgiu. Mesmo com a força exercida pela habilidade, a grade não cedeu.
  Depois de pensar um pouco mais, teve outra ideia. Uma ideia que a deixava nervosa. Mas ela teria que sair dali. Não sabia se daria certo, pois nunca tentou algo do tipo
  Foi ate o centro da jaula e respirou fundo. Vamos la Samira. Você precisa tentar. Tentando manter a calma, ela levou as mãos ate o peito fazendo um X com os braços. Suas mãos permaneciam fechadas. Visualizando quatro setas se formando, uma em cada direção, direita, esquerda, frente e trás. Então ela ouviu o metal ranger.
  Sentiu que as quatro setas estavam formadas, respirou fundo novamente, e com toda força que tinha, abriu os braços e as mãos. Uma força que nunca tinha sentido antes passou por seu corpo, ativando as setas com tamanha força que fez com que elas se movimentassem ate as grades, que estouraram com a pressão de sua energia, fazendo com que a prisão se dividisse em quatro partes.
  - Não acredito - Comemorou Samira - Consegui. Deu certo, estou livre.
  E saiu pulando. Depois do quarto ou quinto pulo, ela se apoiou na parede para não cair. Sentiu suas pernas tremerem e ela fazia muito esforço para ficar de pé. Estava cansada, e fraca, coisa que não estava a poucos segundos.
  - O que? Por que?

  Cada passo, uma explosão. Diego corria igual a um louco pelo corredor, e bombas explodiam em seu caminho.
  Já tinha mudado de caminho muitas vezes, mas parece que escolhia sempre o caminho com bombas.
  Sem sua arma, e com uma habilidade não muito útil para o momento, ele corria incansavelmente pelo corredor sem fim.
  Quando passava ao lado de um corredor alternativo que decidiu não seguir, viu Samantha sentada em uma cadeira, lendo um livro fino e pequeno. Parou imediatamente e pulou para aquele corredor, a ultima explosão acabou acertando seu braço direito e suas costas. Por causa da roupa, Diego sentiu apenas os membros arderem forte, mas nada tão grave.
  Ele caiu no chão e socou a parede de tanta dor que sentia. E Samantha havia desaparecido. Diego tentava ficar quieto onde estava na esperança da dor passar. Ele olhou para o caminho que seguia antes e viu Samantha caminhando tranquilamente.
  Ele ignorou a dor e levantou, indo atras de Samantha, mas quando vez a curva, ela não estava mais la. Estava sozinho novamente.
  - Mas o que esta acontecendo aqui? - Gritou ele para a escuridão.
  Sem obter uma resposta, continuou andando pelo cominho antigo, agora já sem bombas.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Ressonância 29º

Capitulo Vinte e Nove

Labirinto

  Samantha praticamente corria pela academia, ficando meio difícil de acompanha-la.
  - Samantha - Chamou Lukas, mas percebeu que ela estava longe demais para ouvir.
  Lukas corre para alcançar Samantha, deixando os amigo para trás.
  - Samantha - Disse ele - Espere.
  Ela parou e esperou que Lukas se aproximasse.
  - Sim Lukas, o que foi?
  - Quero me desculpar - Começou ele - Por interromper a conversa entre o diretor e  senhora, mas não pude evitar. Ficar ouvindo ele dizer tais palavras e ficar quieto, tive que dizer algo. Sinto muito.
  Samantha colocou a mão em seu ombro e sorriu.
  - Esta tudo bem Lukas - Disse Samantha - Fiquei surpresa e contente por ter defendido Max. Obrigada.
  Lukas assentiu e se juntou aos amigos enquanto Samantha se dirigia a sua sala.
  - O que foi? - Perguntou Samira
  - Nada - Respondeu Lukas meio desanimado.

  Era quase duas da manha quando os quatro alquimistas estavam no meio da arena de treinamento.
  - O que estamos fazendo aqui mesmo? - Perguntou Diego.
  Nenhum dos quatro estavam arrumados. Ate mesmo Trevor parecia desorientado. Pela primeira vez seu cabelo não estava tão simétrico como antes.
  - Parece que todos fomos pegos de surpreso -Disse Trevor.
  Samira usava um roupa para esconder seu pijama. Lukas estava com seu short de dormir e parecia ter trocado apenas de blusa. Diego estava do jeito que saiu da cama, usando apenas um short e um chinelo. Trevor era o mais arrumado dos quatro. Pareia ter se trocado e usava uma blusa sem manga preta e uma calça de moletom da mesma cor.
  - Boa noite alquimistas - Disse Samantha saindo da escuridão - Creio que estejam animados e curiosos para saber o por que de chama-los aqui.
  Por que sera que sinto um tom de ironia na voz dela? Pensou Lukas.
  Ninguém respondeu, então Samantha continuou:
  - Bem, chamei vocês aqui, nesta madrugada, pois haverá um novo treinamento.
  - Treinamento? - Disse Samira - Agora?
  - Sim Samira. Vocês devem estar preparados para qualquer ataque. E onis não vou atacar apenas durante o dia só por que alquimistas dormem anoite. e é por isso que vocês terão um treinamento nesta madrugada.
  Ela chegou mais perto antes de continuar:
  - E como vocês não estão devidamente apresentáveis - Disse ela olhando Diego dos pés a cabeça. - Peço que subam e coloquem a roupa de missões. Por favor.
  - Você fez a gente descer pra ter que subir de novo? - Disse Diego.
  - Agora! - Ordenou Samantha.
  Sem mais nenhum comentário, os quatro subiram para seus quartos e se trocaram. Pouco tempo depois, eles já estavam de volta.
  - Muito bem - Continuou ela - O treinamento de hoje sera um pouco diferente. Para começar entreguem suas armas.
  - O que? - Disse Lukas.
  - Essa missão exigirá apenas a força física e mental. Por causa dos acontecimentos anteriores não deverão usar nenhum tipo de armamento. Vocês só poderão usar suas habilidades, nada alem disso.
  Lukas olhou para os amigo, e tiveram uma conversa mental. Assim concordaram em dar as armas.
  Samira retirou os hashis e entregou a Samantha. Os três garotos fizeram o mesmo.
  - Muito bem - Disse Samantha - Dianna, por favor, ative o sistema de treinamento com labirinto.
  - Sim Senhora - Disse Dianna da sala de operações.
  Dianna sentou na cadeira e começou a apertar botões e puxar  alavancas e abaixar pinos.

  Samira observava enquanto seus amigos desapareciam no nevoeiro e na escuridão. Paredes de tijolos ocupava todo o espaço deixando a garota em um corredor escuro e com muita neblina. Seus amigos tinham desaparecido. Literalmente estava sozinha nessa.
  '' O objetivo deste treinamento é muito simples. Passem pelo labirinto e cheguem até o centro. Estarei la quando chegarem. É proibido o uso de armamento. Aconselho a não encontrarem uns com os outros. Não vão querer que isso aconteça. É cada um por si. E já aviso desde agora, ha armadilhas e outras coisa dentro do labirinto. Boa sorte'' 
  A voz de Samantha vinha de todos os lados. Samira olhou para o interior do labirinto, porem não enxergava muito alem. No fim das contas, respirou fundo e entrou no corredor.
  O ar era gelado e uma brisa soprava em seu rosto. a neblina em sua volta parecia esconder alguém ou algo. Quanto mais caminhava mais frio ficava. Queria ativar suas arma, se sentiria mais segura, mas lembrou que deixou as armas com Samantha.
  Não demorou muito para escutar um pequeno ruido de explosão a sua direita. Alguém deve ter ativado as armadilhas. Pensou ela. Tenho que tomar cuidado. 
  Andou por um longo tempo apenas com o barulho de seus passos. Chegou a jurar ter visto sombras passando pelos lados. Achou que aquele corredor nunca teria fim, quando se viu em uma encruzilhada. Para onde devo ir? Refletiu ela. Bom, se Samantha estava na minha frente, devo chegar nela indo em frente. E seguiu o caminho reto.
  O corredor escolhido tinha menos neblina que o anterior. Porem não deixava de ser aterrorizante. A brisa que antes soprava, desapareceu. Samira estava sozinho, na escuridão e no silencio. Andou mais um pouco ate sentir que pisou em algo. Esperou que o pior acontecesse, porem nada surgiu. Esperta, colocou até armadilhas falsas.
  Depois de um tempo, Samira começou a estranhar o silencio. Não ouviu nenhuma outra explosão, nem mesmo um vulto diferente. Chegou em uma bifurcação e teve uma surpresa quando olhou para o corredor da esquerda. Samantha estava lá, parada olhando para o além. Finalmente. Pensou correndo em direção a mulher.
***
  Com a armadilha que ativara a poucos segundos atras, Trevor não conseguia enxergar um palmo em sua frente. A fumaça não parecia ser toxica, mas o cheiro era horrível. Espremendo os olhos continuou a jornada em busca de Samantha.
  Depois de alguns passos, e tempo que pareciam horas, a fumaça começava a se dissipar. Ele começou a ver as paredes de pedras negras em sua volta e uma escuridão em sua frente. Barulhos de passos passaram no corredor ao lado. Ele começou a acompanhar os passos, esquecendo-se de olhar para frente.
  Alguma coisa acertou seu braço com tamanha força que quase o esmagou contra a parede. De onde isso apareceu? 
  Olhou para frente e não viu nada de diferente, mas sabia que tinha muito mais armadilhas iguais a essa pelo caminho. Ignorando os passos que desapareciam pela frente, começou a seguir atentamente. Outra coluna surgiu da parede, mas no ultimo segundo, Trevor protegeu o rosto com os braços, antes da coluna acertar-lhe. Mesmo assim, o impacto foi muito forte e ele se chocou contra a parede oposta. Ele tinha certeza de uma coisa: Tinha que sair dali.
  Decidiu não apressar as coisas e continuar andando cautelosamente. Já preparado para o que viria, conseguiu se desviar de duas colunas que surgiram a sua frente, passando por baixo delas. Percebendo que o ritmo de ataques aumentava tanto em numero quanto em velocidade, decidiu que correr não seria ma ideia. Um outra coluna surgiu e ele se defendeu com o braço direito apenas. Com a força que aquilo exercia, quebraria qualquer osso do corpo, mas Trevor sabia que para ele não tinha problema.
  Se defendendo com os braços e desviando do que podia desviar. Trevor achou um caminho alternativo e saiu daquele corredor.
  Descansando por alguns segundos, ele voltou a sua caminhada. O corredor parecia ser idêntico ao outro, porém com menas luminosidade. Espremeu os olhos para tentar ver o que tinha a sua frente e encontrou Samantha. Ficou com receio de ir, pois estava fácil demais, porém caminhou em sua direção.
  Foi tarde quando viu que estava em outra armadilha. Samantha desapareceu, e ele passou por algo que fez um barulho estranho para ele. Olhou para trás cuidadosamente. Um coluna enorme apareceu, atingindo-o com tamanha força, jogando-o mais para a escuridão.
***
  Samira correu e tocou no braço de Samantha. Ela não reagiu, continuou olhando para o além.
  - Samantha - Chamou Samira.
  Mas a mulher não respondeu. Porém, um segundo depois, Samantha desapareceu e Samira segurava apenas o vento. Impressionada, reagiu tarde demais com a armadilha que ativara.
  Uma grande jaula caiu bem em cima dela, deixando-a presa. Otimo, agora tem Samanthas falsas pra todo lado? Como vou sair daqui? Sera que os meninos estão bem sozinhos?

domingo, 24 de novembro de 2013

Nós desculpem... u_u

Como já dissemos ainda somos de menores, e temos que prestar provas para querer um futuro promissor, nesse final de semana o Capítulo 29 se atrasou... Sim, de novo u_u nós desculpem novamente, nós adoramos escrever a historia dos nossos Alquimistas, mas não podemos apostar só nisso, por isso fomos prestar a prova da FUVEST nesse final de semana. Mas não fiquem chateados, vamos postar no meio da semana o capítulo o mais rápido possível, e vamos dar um agitada no próximos capítulos :D
Sentimos muito pelo atraso, de verdade, temos um compromisso com vocês que acompanham a historia, mas precisam entender que temos vida fora do blog(acho que nem preciso digitar isso, néh?), bem nós agradecemos de coração pelos leitores, e continuem assim... e compartilhem com quem quiser essa historia...
Aguardem pacientemente! Obrigado!

Abraços! \o/

P.S. Não sei se perceberam, mas agora já podem seguir o blog, se quiserem é claro... :T
Outra coisa, quem quiser curtir no Facebook a pagina Alchemist Soul:
https://www.facebook.com/AlchemistSoul

domingo, 17 de novembro de 2013

Ressonância 28º

Capitulo Vinte e Oito

Vice-diretora e Gerente

  Após o diretor ter dito tal frase, os alquimistas e a professora olharam para Samantha, esperando sua reação.
  - Nande? Nande? Nande?(1) - Disse Samantha depois de um tempo em silencio - Em me pergunto como você chagou a se tornar diretor desta academia.
  Mantinha a cabeça baixa, quando foi interrompida.
  - Oras Samantha, não se preocupe com isso, pode deixar comigo - Disse o diretor - Já faz alguns anos que sou o diretor por aqui e tenho cuidado desta academia como ninguém, não concorda?
  - Não, definitivamente não. - Disse Samantha com firmeza, levantando a cabeça.
  - Já imaginava que você dissesse não - Continuou o diretor - Mas, vamos parar para pensar, se não fosse por mim, essa academia...
  - Por você? - Disse Samantha indignada - Insiste em dizer que foi o senhor que fez algo por este lugar.Sou EU que dou o máximo de mim por aqui, sou EU quem administra tudo, você fica apenas sentado aqui nesta sala, você não se importa com ninguém, apenas com você mesmo. Estou cansada de dizer que seu modo de pensar esta arruinando esta academia, se não fosse pelos meus esforços, esse lugar já teria falido a anos. Por minha causa, a força das barreiras tem aumentado em volta da academia, fui EU quem melhorou o desempenho dos alquimistas com melhores treinamentos, fui EU fui eu quem trouxe professores dignos para ensinar e funcionários que sabem trabalhar. Foi por minha causa que a academia subiu no rank. Eu sou a gerente por aqui, aquela que administra o local, e posso dize que seus métodos, um dia, vão matar todos nós.
  O que começou com uma voz calma, terminou com gritos.
  - Eu não faço nada? Nada? Como pode dizer isso - Disse o diretor - Eu faço as regras...
  - Só faz isso mesmo, que por sinal uma delas quase matou meu amigo - Disse Lukas em um tal relativamente alto.
  Samantha e o diretor correram os olhos para o garoto. Samira olhou impressionada e viu que ele apertava com força o tecido da calça. Lukas não olhava para o diretor, mantinha a cabeça baixas, mas Samira viu seus olhos vidrados para baixo, como se o chão fosse a coisa mais interessante do mundo.
  - Como ousa me interromper moleque? Sabia que posso te expulsar desta academia a qualquer hora. - Disse o diretor apontando o dedo para Lukas.
  - Se o senhor expulsar esse garoto, ou qualquer outro alquimista, vai se ver comigo - Disse Samantha encarando-o
  - E o que você faira, Samantha?
  - Vamos apenas dizer que você não acordaria no dia seguinte - Disse ela.
  O diretor riu.
  - Você não pode tocar em um fio de cabelo meu Samantha. Eu sou o diretor por aqui, minhas palavras podem ser leis aqui dentro.
  - Leis das quais eu não seguiria vindo de um ser como você - Retrucou ela.
  - Não importa o que vocês pensam, eu sou o diretor e determino quando uma regra é valida ou não aqui dentro.
  - O pior diretor do mundo tinha que cair bem na nossa academia? - Disse Lukas, ainda de olho no chão.
  - Como é que é? - Disse o diretor irritado - Olha aqui moleque, já cansei de você, vai está de...
  - Ele não esta nada - Disse Samantha com tom de autoridade - Você é apenas o diretor aqui.
  - Exato mulher, e como diretor, posso fazer o que bem intendo.
  - Se eu fosse a diretora desta academia, as coisas seriam tão diferentes. - Disse Samantha virando-se para a porta.
  - Vai sonhando - disse sorridente - Você é apenas a vice e gerente deste lugar, é meu pião de jogo.
  - Eu não sou se peão coisa nenhuma, eu nem se quer te escuto. - Antes de sair virou-se para o diretor - Eu ainda vou ser a diretora desse lugar, apenas aguarde.
  E saiu da sala.
  - Quem aquela mulher pensa que é? Parecer aqui e dizer tais palavras. - Perguntou o diretor.
  Dianna se levantou da cadeira e se pronunciou:
  - Diretor John, preciso ficar do lado de Samantha-Sama(2), pois ela é quem mais se doa para esta academia. Ela tem toda a razão. O senhor precisa rever seus conceitos.
  - Como você pode ficar e respeitar tanto uma mulher como ela Dianna? - Perguntou John.
  Então é esse o nome dele. Pensou Trevor.
  - O senhor nunca iria intender, agora se me der licença. Vamos alquimistas.
  Todos se levantaram de suas cadeiras e seguiram Samantha, deixando o diretor John sozinho em sua sala.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Por que?
(2) - Senhor ou Senhora, dependendo do contexto.

  

domingo, 10 de novembro de 2013

Ressonância 27º

Capitulo Vinte e Sete

Relatando o Ocorrido

    Posto o broche em cima da mesa com tamanha força, a sala ficou em um pequeno período de silencio. Dianna e os quatro alquimistas continuavam quietos e surpresos com as atitudes que Samantha tomava perante o diretor.
  Os dois se encaravam da maneira mais fria possível.
  - Vejo um broche sujo e com sangue - Respondeu o diretor.
  - Não é obvio? - Disse Samantha.
  - De quem é o sangue Samantha? - Perguntou ele.
  - Ninguém menos que Max - Respondeu ela.
  - Max! Não pode ser, como é que...
  Pela primeira vez naquela discussão toda, Samira viu a cara de espantou do diretor. Lukas permanecia em silencio, mas queria acabar com a raça daquele homem. Ele não liga se um alquimista morre ou vive, ele não se importa com nada alem dele mesmo.
  - Você está perguntando como ele chegou ferido na academia? - Disse Samantha.
  - Isso mesmo, como um alquimista tão forte como ele pode se machucar tanto assim? Vamos, me diga o que aconteceu. - Ordenou ele.
  - Já disse para nunca falar nesse tom comigo, saiba que nunca vou te obedecer - Disse Samantha virando o rosto.
  -Hãm? - Resmungo o diretor - Deixa disso. Vamos, fale logo o que houve com Max.
  - Quer mesmo saber com todos os detalhes? - Voltando-se para o diretor.
  - Sim, quero. Desembucha de uma vez e... - Ele olhou para os garotos atras de Samantha. - Agora que notei, o que essa professora esta fazendo aqui? E esses adolescentes?
  - Como você é distraído diretor, essa é Dianna, a professora do Ar, e esses são quatro alquimistas, o que mais eles seriam? - Disse Samantha.
  - Ta, ta, isso não me interessa. Repito, o que eles estão fazendo aqui?
  - Como você mesmo disse, quer saber todos os detalhes sobre o ocorrido com Max, certo? Então, eles são testemunhas. - Respondeu Samantha
  - Agora peço que vocês comecem por favor - Disse Samantha saindo do campo de visão dos três. - E preste bastante a atenção pois eles não irão repetir.
  Os quatro se ajeitaram, prontos para começar.
  - Por que não começa Trevor? - Disse Samantha olhando para o garoto e dando um pequeno sorriso.
  - Bem, por onde devo começar? - Pensou Trevor
  Trevor contou todo o percurso que fez desde o momento que pisou na academia naquele dia. Quando entrou na sala da Samantha para contar sobre a missão de reconhecimento, contou que encontro Laura pedindo ajuda no refeitório pois tinha alguém ferido. Contou também, que correu ate a sala dos professores, mas encontrou Dianna antes, que fez com que economizasse tempo.
  - Tive sorte de encontrar Dianna no meio do caminho - Disse Trevor - Ainda não sei onde fica a sala dos professores.
  Continuando o relato, depois que Trevor contou o que viu e sobre o pedido de Laura, e Dianna correu em direção ao refeitório
  - E depois disso eu fui para o lado de fora da academia e la fiquei - Terminou Trevor.
  - Agora é aqui que eu entro - Disse Dianna - Cheguei no refeitório as pressas, Trevor não tinha me falado quem era a vitima, por isso demorei um pouco para intender o por que de Max estar todo ferido. Vi Laura segurando sua cabeça. Ela perguntava o que fazer, e em um reflexos involuntario virei e corri para a enfermaria, não expliquei muita coisa, apenas pedi para que Digory viesse comigo, logo subi as escada e entrei na sala de Samantha-Sama(1).
  Samantha prosseguiu a partir daquele ponto. Ela contou do momento que Dianna entro em sua sala, contou que ficou surpresa, assim como os três alquimistas ao ver sua expressão, depois de uma breve resumida da situação, ela pediu que fossem ao encontro de Laura e Digory, que, segundo o que sabia, estava inconsciente no chão.
  - Fiquei horrorizada quando vi a situação que Max estava - Disse Samira, aproveitando a brecha que Samantha tinha dado - Ele tentou até falar algo, mas desmaiou antes de falar uma pequena palavra.
  -Logo, pedi para Digory levar Max para a enfermaria, Lukas e Diego ajudara Laura e ele a carregar o garoto até lá. - Continuou Samantha - Logo em seguida, pedi a Dianna que avisasse Lukas e Diego, que quando eles terminassem, se encontrassem na minha sala, juto de Samira e ela própria.
  Aproveitando que Samantha havia parado de falar, Samira continuou a explicação:
  - O refeitório ficou em um silencio profundo, Dianna avisou que iria atras de Trevor para ele participar dessa reunião, e eu fiquei esperando todos na escada.
  Lukas partiu dali, contando quando se reencontrou com Samira na escada, e indo para a sala de Samantha.
  - Não demorou muito para que Dianna e Trevor chegasse - Concluiu Lukas - Tivemos uma longa conversa e seguimos até a sala da frente.
  - É isso ai, e que por sinal é esta sala, na qual todos nos estamos. - Disse Diego para finalizar.
  O diretor pareceu pensativo diante da explicação.
  - É apenas isso? - Começou ele - Bem, não sei como Max conseguiu chegar até a academia sozinho, mas parece que ele não é mais tâo forte como era antes. Não me admira que ele tenha perdido para os Onis.
  Todos se surpreenderam com tal frase.
  O diretor disse realmente isso? O que Samanta-Sama vai dizer? Pensou Dianna.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Senhor ou Senhora, dependendo do contexto.

domingo, 3 de novembro de 2013

Ressonância 26º

Capitulo Vinte e Seis

O Diretor

  Subiram a escada com destino a sala de Samantha. Dianna bateu na porta e com a autorização de Samantha os dois entram.
  Lukas, Samira e Diego já estavam sentados esperando. Assim que todos se acomodaram, Samantha começou:
  - Chamei vocês aqui para falar de um assunto da qual eu detesto, como viram, o acontecimento envolvendo Max não é o primeiro acontecimento do gênero.
  - Como assim? - Perguntou Samira.
  - Não é a primeira vez que isso acontece com Max? - Perguntou Lukas.
  - É a primeira que Max chega neste estado, porem muitos outros já chegaram em situações piores depois de fazerem missões sozinhos. - Respondeu Samantha
  - Mas, por que não levaram ninguém com eles? - Perguntou Diego.
  - Por que é uma regra. - Respondeu Samantha novamente - Se um alquimista pega uma missão sozinho, não pode levar ninguém com ele.
  - Mas isso é totalmente ridículo - Disse Lukas indignado - Mandar alguém sozinho para esses tipos de missões é suicido. Se alguém for encurralado, precisará de alguém para ajuda-lo.
  - Exatamente - Concordou Samantha - Por isso vou falar sobre isso com uma pessoa, da qual não gosto nem de pronunciar o nome. Já disse a ele a mesma coisa que você disse Lukas, mas parece que ele não da ouvidos. Porem, desta vez, estou disposta a faze-lo escutar, com mais pessoas talvez ele mude essa regra. Conto com cada um de vocês pra falar o que presenciou a poucos minutos atras. Precisa ser exatamente, do começo ao fim.
  - Pelo o que eu intendi, você precisa de nós com testemunha. - Concluiu Trevor.
  - Isso mesmo - Concordou Samantha.
  - Só um minuto - Interrompeu Samira - Até agora ninguém me falou o porque que o broche do Max é diferente dos outros.
  - Samantha, acho que eles tem o direito de saber. - disse Dianna.
  Dianna tinha ficado em silencio desde o momento que entrou. Lukas tinha achado que ela nem estava mais na sala.
  - Não acredito que vocês só perceberam agora esses broches prateados e dourados. - Disse Trevor para os amigos.
  - O que você quer dizer com isso? - Perguntou Samira.
  - Vocês não perceberam que Samantha tem um broche idêntico - Disse Trevor.
  Lukas, Samira e Diego olharam imediatamente para Samantha e viram o mesmo broche de ouro e prata.
  - Nossa! - Exclamou os três.
  - É verdade - Disse Samira - Nunca tinha percebido que Samantha usava um broche desses. Mas, por que o nosso é diferente?
  - É simples - Começou Trevor - Nossos broches são apenas de prata, isso mostra em que nível estamos, por isso o de Samantha é diferente, ela está em um nível mais alto.
  - Incrível - Exclamou Diego - E eu achava que só tinha os broches de prata.
  - Então Max esta no mesmo nível que Samantha. - Concluiu Samira.
  - Mas qual o significado dessa diferença? - Perguntou Lukas.
  - Os dois podem estar no mesmo nível, mas exercem funções diferente, não é isso Samantha? - disse Trevor.
  Samantha deu um pequeno sorriso e depois disse:
  - Você presta bastante atenção nos detalhes Trevor. E de fato você está certo, eu estou em um nível de gerencia na academia e Max está em um nível de alquimista muito alto.
  - Devemos voltar ao assunto Samantha-Sama(1) - Disse Dianna
  - Claro que sim - Concordou Samantha - Sem delongas, quero que me acompanhem até a sala da frente. Vamos falar com a tal pessoa.
  Os alquimistas e Dianna acompanharam Samantha até a sala da frente, os quatro adolescentes notaram que ainda não sabiam da existência daquela porta. Estavam um pouco curiosos para saber o que esperava por eles do outro lado daquela porta.
  Samantha bateu na porta, e com a permissão da tal pessoa todos entraram. Os quatro notaram q se tratava de um homem.
  - Oi Samantha, no que posso ajud... - Nem deu tempo da tal pessoa acaber de perguntar.
  - Em nada como sempre - Interrompeu Samantha - Vim aqui falar de um assunto que você já esta cansado de saber, Diretor.
  Diretor? Pensou os quatro alquimistas se entreolhando.
  - Você vai começar de novo com essa historia? - Perguntou ele indignado.
  - Claro que vou - Respondeu Samantha imediatamente - Eu não venho aqui para falar de coisas desnecessária. Apenas o que é importante.
  Samantha estava mais séria do que o normal.
  -E desde quando uma regra é tão importante assim? - Retrucou ele.
  - Desde que essa regra tem matado nossos alquimistas, já disse varias vezes para revoga-la. Por que diabos você não faz isso? - Disse ela.
  - Eu sou o diretor por aqui, e faço e desfaço um regra quando eu bem entender nessa academia. A culpa não é minha se os alquimistas que pegam uma missão sozinho são fracos demais para lutar contra Onis. - Respondeu ele.
  Samantha regalou os olhos com tal resposta, e de pouco em pouco ela foi rangendo os dentes. Sua expressão era de raiva profunda. Dianna e os quatro alquimistas ali estavam surpresos com ela.
  - A culpa não é culpa sua? A culpa não é sua? - Começou Samantha agressiva, e aumentando o tom de voz - Por causa dessa regra idiota, já perdemos vários alquimistas muito bons, e quase perdemos mais um agora pouco.
  Samantha descruzou os braços e com rapidez, ela colocou o objeto em cima da mesa do diretor com tamanha força que fez um barulho imenso quando o objeto se chocou com a madeira.
  - Olhe para esse broche e me diga o que vê Diretor. - Disse ela. Samantha e o Diretor se encaravam como se fossem matar um ao outro.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Senhor ou Senhora, dependendo do contexto.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Ressonância 25º

Capitulo Vinte e Cinco

Livro, árvore e sombra.

  Sem intender nada, Samira permaneceu parada por alguns segundos processando o que havia acontecido.
  - Samantha saiu sem responder a minha pergunta. - Disse ela. - Então Dianna, por que o broche de Max é diferente do nosso?
  Dianna ficou em silencio por algum tempo antes de prosseguir:
  - Samantha esta realmente irritada e preocupada - Parou ao perceber que Samira disse algo - Como disse Samira? Eu não te ouvi, pode repetir?
  - Perguntei, por que o broche de Max é diferente do nosso - Repetiu Samira.
  - Não é necessário que eu explique. Tenho certeza que Samantha explicara em breve. Agora vou atras de Trevor. Samantha quer vocês todos juntos na sala dela.
  - Estarei sentada na escada se precisar de mim. - Concluiu Samira saindo do refeitório.
  Ela percebeu Dianna saindo junto dela, mas seguiu um caminho oposto quando passou pela porta. Como dito, Samira sentou em um dos primeiros degraus da escada e ficou esperando. Acho que vou mandar uma mensagem para o Lukas.

***
  Max continuava desacordado. Lukas ficava andando a cada minuto, de um lado para o outro. Diego sempre achava que o amigo tinha hiperatividade ou algo do gênero. Lukas não conseguia ficar parado, ainda mais quando alguém precisava de ajuda e ele não podia fazer nada a respeito.
  A enfermeira que ninguém sabia o nome, estava sentada em sua mesa foleando alguns papeis. Um pouco mais cedo, ela havia dito que nada poderia ser feito por Max, já que ele estava bem, apenas inconsciente.
  O celular do Lukas faz um barulho que chama a atenção de todos presentes no local. A mulher encarou ele com severidade e levou o dedo até os lábios em sinal de silencio.
  - Quem pode ser uma hora dessas? - Perguntou Lukas pegando o celular ''meio quebrado'' depois da batalha na fabrica. - Tinha que ser ela - Continuou ao ver quem era.
  - Ela quem? A Samira? - Perguntou Diego.
  - Ela disse para encontrarmos ela na escada espiral quando acabarmos aqui. - Respondeu Lukas.
  - O que deve ser? - Perguntou Diego.
  - Não sei, mas ela disse que explicaria pessoalmente.
***
  Dianna já tinha procurado em todos os cantos. Trevor não fora encontrado e Dianna já estava ficando sem lugar para procurar. Onde sera que ele está? Pensou ela. Como pode uma pessoa desaparecer desse jeito. Parou por alguns segundos, pensando em outros lugares na academia que um alquimista poderia estar. Ele não estaria lá, estaria? Não custa ir lá.
  A biblioteca é o melhor lugar de toda a academia na opinião da maioria, e Dianna concordava. Que pessoa não gostaria de um lugar calmo para relaxar, rodeada de livros e uma lareira enorme.
  Na mesa de centro, encontrava-se a pessoa que cuidava da grande biblioteca. Ninguém menos que Cassia, que estava escrevendo em uma espécie de livro.
  - Com licença Cassia? - Perguntou Dianna.
  - Só um minuto - Respondeu Cassia acabando de escrever uma frase no livro - Pronto. Em que posso ajudar hoje Dianna?
  - Bom, poderia me dizer se o Trevor esteve por aqui?
  - Não tenho muita certeza, mas vou ver o que posso fazer. - Quando terminou de responder gritou - Agatha! Pode vir aqui um minuto?
  - Já estou indo senhora! - Gritou a menina em resposta.
  Logo ela apareceu entre as estantes de livros, estava segurando três deles, sendo dois grandes e um médio.
  - O que a senhora precisa? - Perguntou Agatha.
  - Sabe me informar se o alquimista Trevor passou por aqui? - Perguntou Cassia.
  - Deixe-me pensar - Segurando os livros com a mão esquerda, levou o dedo indicador da mão direita aos lábios e ficou olhando para cima por um tempo pensando. - Lembrei! Ele passou por aqui alguns minutos mais cedo, pegou um livro sobre Arte comigo.
  - E onde ele estaria lendo esse livro? - Perguntou Cássia.
  - Bem, deve estar em algum lugar da academia, pois aqui na biblioteca ele não está. - Agatha olhou de um lado para o outro a procura do garoto.
  - Você tem alguma ideia de onde ele pode estar foleando este livro? - Perguntou Dianna.
  - Conversei pouco com ele, mas Trevor me disse que apesar de gostar do silencio da biblioteca, ele prefere ler ao ar livre, de preferencia de uma boa sombra fresca de uma arvore. - Respondeu Agatha.
  - Intendido - disse Cassia sem muito entusiasmo - Isso te ajudou em algo, Dianna?
  - Sim, muito obrigada.
  - E para que precisa do Trevor? - Perguntou Agatha.
  - Samantha quer falar comigo e com os outros três alquimista e eu acho necessário que Trevor participe, já que tenho certa noção de onde ele possa estar - Respondeu Dianna.
  - Supondo que esses três alquimistas sejam Lukas, Samira e Diego - Disse Cássia.
  - Certo, agora vou ao encontro de Trevor, Samantha e os outros devem estar esperando, tchau - Disse Dianna deixando a Grande Biblioteca.
  - Tchau! - Responderam Cássia e Agatha juntas.
***
  Dianna saiu para o exterior da academia, tendo um palpite de onde está Trevor. Foi até o fundo da academia, virou a direita. Nos fundos da academia, varias janelas perfeitamente limpas e simétricas. Algumas arvores um pouco distantes. Em uma delas estava uma pessoa foleando um livro. Tinha que ser Trevor. Dianna se aproximou.
  - Trevor, posso interromper sua leitura? - Perguntou ela educadamente.
  Ele tinha notado sua presença segundos antes, mas não tirou a atenção do livro. Só depois que Dianna fez a pergunta que ele deu a devida atenção á professora do ar. Sentado, ele olhou para cima para uma comunicação olho no olho.
  - Sim, pode. - Respondeu ele - O que a senhora deseja?
  - Por favor, venha comigo a sala da Samantha, ela vai falar com os três alquimistas e acho necessário que você participe do dialogo.
  Trevor não respondeu, fechou o livro, se levantou e seguiu Dianna.

domingo, 27 de outubro de 2013

O Atraso do Capítulo... :'(

Como muitos não sabem nós os criadores somos de menor idade ainda, e fomos prestar a prova do ENEM nesse final de semana(queremos entrar para uma faculdade rsrs), por conta disso o Capítulo 25  se atrasou, infelizmente :/ mas não se preocupem, pois vamos postar o mais rápido possível no meio da semana o capítulo... e nós desculpem pelo atraso, vocês devem estar curiosos para ver o que houve com Max, o que Samantha pretende chamando os Alquimistas em sua sala, o que será que ocorrera...
Bem não deixem de visitar o blog, continuem lendo, compartilhem com os amigos pois uma historia a mais em nossas vidas sempre é bom, não é verdade? :D e .... obrigado por acompanharem nossos Alquimistas!  Abraços! \o/


P.S. O desenho da Samira está pronto, mas postarei no mesmo dia que o capítulo 25, no marcador: Personagens. 

domingo, 20 de outubro de 2013

Ressonância 24º

Capitulo Vinte e Quatro

Broche Prata e Dourado

  A porta se abriu antes mesmo de Diego tocar na maçaneta. Trevor fechou a porta atrás de si e cumprimentou os amigos. 
  - Trevor - Disse Samira - O que foi fazer na sala de Samantha?
  - Fui entregar meu relatório da missão de reconhecimento - Respondeu ele.
  - Chegou mais cedo que nós, então? - Perguntou Lukas.
  - Sim.
  Diego, que estava ao seu lado, logo entrou no campo de visão de Trevor.
  - Você pode dizer como foi a sua missão, Trevor? - disse ele empolgado
  - Não, sinto muito.
  - Mas, por que? - Perguntaram os três juntos. 
  - É uma regra - Explicou Trevor - Acabei de ficar sabendo. Um alquimista não pode contar sua missão para outros alquimistas, caso ele tenho feito a missão sozinho. Para saber, vocês teriam que estar na mesma missão.
  - Hãm, não acredito - Disse Diego inconformado.
  - Que pena - Disse Samira. - Queria saber como foi.
  - Mas regras são regras. - Concluiu Lukas.
  - Concordo com você - Continuou Trevor - Agora tenho que resolver uns assuntos pendentes. Até logo.
  Passou pelos três e desceu as escadas.
  - Samantha-Sama(1) - Gritou Samira batendo na porta.
  - Sim - Disse ela dentro da sala - Podem entrar.
  Os três entraram e ocuparam as cadeiras em frente a mesa de Samantha. O lugar estava do mesmo jeito que das outras vezes.
  - Então - Disse Samantha - Como foram?
  Samira contou tudo o que aconteceu no shopping, e Lukas e Diego iam complementando com partes que Samira esquecia de falar, ou quando estava ausente. ela parecia empolgada falando alegremente, e orgulhosa do que tinha feito.
  - Então não eram Onis - Refletiu Samantha - Apenas humanos com um kit de magica.
  - Hai(2) - Disse Samira.
  Samantha apoiou os cotovelos na mesa. Pensativa, com o dedos entrelaçados, apertando seus lábios contra as mãos fechadas. O relatório de Trevor é bem mais interessante, porém... Pensou ela, quando alguém abriu a porta com toda a força sem bater. Era Dianna.
  - Samantha-Sama - Disse ela com um olhar preocupado - Me desculpe por entrar sem bater, mas Digory esta precisando de ajuda.
  Os três alquimistas viraram rapidamente para trás e Samantha se levantou de sua poltrona.
  - O que houve? - Perguntou ela.
  - É o Max. - Disse Dianna tentando pegar folego, como se estivesse subindo as escadas correndo. - Ele está muito ferido, e precisa de ajuda. Não consegue nem andar.
  Max? Pensou Lukas.
  - Onde ele esta? - Perguntou Samantha.
  - Lá em baixo no refeitório - Respondeu Dianna - Junto com com Laura e Digory.
  Mais que depressa, todos desceram correndo pelas escadas, menos Samantha, que desceu deslizando pelo corrimão, passando pelos alquimistas e Dianna. Quando estava chagando ao final da escada, deu um impulso e rodopiou no ar e caiu em pé, já correndo em direção ao refeitório.
  Assim que chegaram lá, viram Max no chão, com a cabeça apoiada nas coxas de Laura, que limpava o rosto ensanguentado do amigo. Digory estava do seu lado fazendo os primeiro socorros.
  - Digory - Disse Samantha - Qual a situação?
  - Nada boa - Respondeu ele - Ele tem vários ferimentos pelo corpo, e teve paralisia quase que total do corpo.
  Depois que terminou de dizer, Max começou a abrir os olhos cansados lentamente e disse:
  - Eles eram muitos Saman... - E voltou a fechar os olhos, e não disse mais nada.
  Samantha cerrou os dentes. Apesar de ser quase impossível ler suas expressões, era visível a raiva e preocupação em seu rosto.
  - Rápido! - Gritou ela - Levem ele para a enfermaria imediatamente!
  - Me ajudem a carrega-lo para fora daqui - disse Digory olhando para Lukas e Diego.
  Os dois não responderam nada, apenas foram ajudar. Digory apoiou a mão esquerda nas costas de Max e com a outra mão pegou o braço do amigo e colocou envolta do próprio pescoço, Diego fez o mesmo, no lado oposto, Lukas levantou as pernas do garoto e a segurou próximos a cintura para não levantar o corpo mais do que Digory e Diego e Laura apoiava a cabeça de Max em suas mãos, para que não ficasse caída. 
  Um pouco antes de passarem pela porta, Samantha gritou:
  - Digory! Faça o que puder para curar esse rapaz!
  - Pode deixar Samantha! - Gritou ele em resposta.
  Depois que os alquimistas saíram, o silencio tomou conta do local. Samantha ergueu sua mão direita até a altura do ombro, quando abriu a mão, um pequeno circulo magico surgiu. Sua mão começou a brilhar, aparecendo um broche exatamente igual ao dos alquimistas, com a diferença de que era de ouro e prata. Estava sujo e com sangue. Quando o objeto pousou na mão de Samantha, ela a fechou.
  - Esse seria o broche... - Começou a dizer Dianna, quando foi interrompida por Samantha.
  - Sim, é o broche de Max.
  Samantha não parecia querer conversar, apenas caminhou até a porta.
  Samira ficou calada todo o tempo, apenas ouvindo e observando o ocorrido. Olhava fixamente para o objeto na mão de Samantha, e foi vencida pela curiosidade.
  - Por que o broche dele é dourado e prateado? - Perguntou ela
  Samantha pareceu não ouvir a pergunta feita pela garota, ou simplesmente a ignorou. Quando chegou a porta, virou a cabeça.
  - Dianna - Disse ela profundamente seria - Assim que Diego e Lukas se juntarem novamente a Samira, peçam a eles que vão a minha sala, juntos, por favor.
  - Claro Samantha-Sama, pode deixar. Vou chamar Trevor também, ele pode ser necessário - Respondeu ela.
  Samantha não disse nada, apenas saiu do refeitório deixando as duas sozinhas. 
-----------------------------------------------------------------------------
(1) - Senhor ou Senhora, dependendo do contexto.
(2) - Sim.

domingo, 13 de outubro de 2013

Ressonância 23º

Capitulo Vinte e Três 

Os ilusionistas - Parte 3 Final

  O segurança não demorou para aparecer. Veio correndo subindo as escadas e encontrou os alquimistas sentados próximos a um pilar vigiando os três ladrões. Quando parou, curvou o corpo para retomar o folego.
  - Escutei um barulho - Disse ele - Vim correndo ver o que era.
  Os três amigos se levantaram e foram de encontro com o segurança.
  - Pegamos os três ladrões - Disse Samira.
  - Serio? - Disse o segurança surpreso - Onde estão?
  - Ali atras. - Respondeu Samira - Mas tome cuidado, são humanos muito traiçoeiros.
  O homem assentiu com a cabeça e foi onde eles tinham falados e ficou ainda mais surpreso com o que viu.
  - Mas, esses caras trabalham aqui - Disse ele.
  - Como é que é? - Disse Diego
  O segurança se inclinou para enxergar melhor o rostos dos três ladroes.
  - Com certeza - Garantiu ele - Esses três trabalham nas lojas deste andar. A mulher em uma sorveteria e esses homens em uma loja de sapato que fia ao lado.
  - Isso explico como tinha uma câmera holográfica em uma das plantas. Eles já tinham planejado assaltar esse lugar. Trabalhando aqui ficaria mais fácil.
  A mulher amarrada bufou.
  - Já vi que aquela kit de magica profissional não ajudou em nada. - Comentou ela. - E nem vocês dois. - Concluiu dando um chute em cada
  - Ai - Queixou-se os dois.
  - Por que eu não escolhi duas pessoas mais inteligentes para esse serviço? - Perguntou ela a si mesma. - O plano deu errado por culpa de vocês - Ela gritou com os dois.
  - Não se esqueça de que nos ajudamos. - Disse Samira dando uma piscada e fazendo o sinal de paz e amor com os dedos.
  - Nós também ajudamos - Disse um dos homens amarrados.
  - Cale-se - Gritou a mulher.
  - Obrigado pela ajuda meninos - Disse o guarda. - Eu tomo o controle a partir daqui. Podem ir para casa descansar.
  Depois de mais uma breve conversa e um despedida rápida, os três airam do shopping, rumo a academia.

  ***
  O sol já estava nascendo quando os três chegaram na academia. Tocaram o interfone esperando que Dianna atendesse, mas uma voz diferente soou. 
  - Sim?
  - Somos nós três - Disse Samira - Dianna?
  - Não - Disse a mulher - Samantha. Já vou abrir o portão. Venham direto para a minha sala.
  Samira olhou para os dois amigos com o olhar que queria dizer ''O que fizemos?''
  O portão se abriu e eles caminharam em direção ao interior, com destino a sala de Samantha. Bateram na porta e com a autorização de dela, entraram. Trabalhando como sempre, sua mesa estava cheia de papeis. A unica coisa diferente no local era um grande copo decorado com um liquido escuro dentro. O cheiro de café no ar já denunciava o que era o liquido.
  - Bom dia, Samantha! - Disse os três.
  - Bom dia, Alquimistas! - Disse ela. - Querem café? - Perguntou erguendo o copo.
  - Não obrigado - Agradeceu Diego - Prefiro um energético.
  - Acho que vou aceitar um copo - Disse Samira.
  - Também vou - Disse Lukas - O cheiro esta ótimo, parece que foi feito a poucos minutos.
  - De fato foi - Disse Samantha.
  Samira olhou de um lado para o outro antes de falar:
  - Onde esta a cafeteira e as xícaras?
  - La em baixo na cozinha - Respondeu Samantha bebendo o café.
  Lukas e Samira entreolharam-se. O sono que sentiam era tão grande que nem pensar direito eles conseguiam.
  - Subimos as escadas para vir ate aqui, e agora temos que descer, para depois subir novamente? - Disse Lukas - Não vale o esforço.
  Samira concordou com ele. 
  - Até que você tem rasão - Disse Digo rindo - Até por que, nossas camas estão no andar de cima. 
  Samantha sorriu.
  - Realmente vocês devem estar cansados. Aconselho vocês a irem direto para a cama. Não se preocupem com o relatório, podem apresenta-lo depois. Vão descansar.
  - Arigato(1) - Disse os três, já saindo.
***
  Laura estava na cozinha quando o pequeno sino do refeitório tocou. Ela colou o ouvido na porta para escutar algum barulho de quem poderia ser e ouviu a voz de dois homens. Passando pela porta, pode ver quem era.
  - Brendon-Sensei(2) - Disse ela.
  O homem da direita virou-se para ela e sorriu. Laura era uma criança da terra e uma excelente aluna. Brendon, que era seu professor, elogiava muito ela, mas Laura insistia em dizer que era pior que os outros.
  O segundo homem cumprimentou apenas com um sinal de cabeça.
  - Ohayou(3) Gustavo-Sensei.
  Gustavo era o professor das crianças da água. Apesar da aparência sombria que exercia, era um homem simpático.
  Laura se abaixou para pegar um cardápio que ficava em um pequeno armário embaixo do balcão e entregou para os dois professores.
  - Vou querer ovos mexidos e café, por favor - Disse Brendon.
  - Um sanduíche e um milkshake para mim - Concluiu Gustavo - Por favor.
  Laura pegou os cardápios de volta e saiu correndo para a cozinha.
  - Então - Começou Brendon - Como esta indo com a sua turma?
  - Nada a declarar, aulas sentadas atras de uma carteira não prova o caráter de ninguém. As próximas aulas serão um pouco melhores.
  - Soube que recebeu um aluno novo.
  - Sim, ele é ...
  A porta da cantina foi aberta com um empurrão. Syndely apareceu já batendo no balcão.
  - Laura - Gritou ela - Traga-me um Whisky.
  - Hai(4), Syndely-Sensei. - Gritou Laura da cozinha.
  Laura voltou correndo com uma grande garrafa transparente de Whisky e um pequeno copo. Colocou o copo no balcão e retirou a tampa da garrafa. Estava preste a despejar o liquido quando Syndely pegou a garrafa da mão dela.
  - Vou ficar com a garrafa - Disse Syndely - Coloca na minha conta.
  - Bebendo logo de manha! - Disse Gustavo.
  - Não posso nem beber em paz - Disse ela - Samantha me pediu para fazer muitos trabalhos e relatórios, e não iria desperdiçar minha noite de ontem, por isso preciso de ''energia'' para fazer isso hoje.
  E saiu, deixando os dois sozinhos novamente.
  - Syndely não muda mesmo - disse Brendon.
  Laura voltou com os dois pratos e entregou aos professores. Brendon retirou dez dólares do bolso e entregou a ela. Laura ficou meio sem jeito, mas acabou aceitando o dinheiro.
***
  Depois de horas de sono, quase que ao mesmo tempo, os três amigos acordaram e tomaram o cafe da manha. Samira percebeu que o cardápio estava um pouco maior que o de antes, e resolveu perguntar. Foi ate o balcão, onde Laura estava atendendo um alquimista.
  - Ohayou(3) Laura - Disse Samira - Que mudança é essa no cardápio?
  - Louco, não é - Disse ela - É algo meio estranho. Quando cheguei aqui na cantina na manha passada, havia um livro de receitas em cima do balcão. Não sei quem foi que que deixou, mas quando descobrir, vou agradece-lo, e muito.
  Um sorriso se formou no rosto de Samira. Ela olhou para a mesa onde estava sentada e viu Lukas sorrindo para ela e fazendo um gesto que dizia " eu não sei do que vocês estão falando".
  - Boa sorte para descobrir quem foi - Disse Samira, já sabendo que foi o Lukas.
  Junto com Lukas e Diego, eles foram para a sala da Samantha, sem nenhuma ideia planejada sobre o relatório. Eles ficavam olhando um para o outro respirando profundamente enquanto subiam a grande escada.
----------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Obrigado
(2) - Pessoa nascida antes da outra, no caso, uma figura de autoridade.
(3) - Bom dia!
(4) - Sim

domingo, 6 de outubro de 2013

Ressonância 22º

Capitulo Vinte e Dois

Os ilusionistas - Parte 2


  Lukas seguiu Samira. Errado. Errado. Ficava repetindo ele. Tem alguma coisa errada. A mulher ria loucamente enquanto corria, sabe-se lá pra onde. Um dos homens tomou outro rumo e virou em um corredor.
  - Eu vou atrás desse - Gritou Diego - Continuem!
  Virando no mesmo corredor, Diego desapareceu na escuridão.
  A mulher olhou para trás e viu que havia apenas dois atras dela. Sua risada se tornou mais alta. Como é que ninguém esta ouvindo isso? Lukas se perguntou.
  O segundo homem que acompanhava sua parceira, parou e derrubou uma estante de cosméticos, voltou a correr e seguindo o exemplo do outro, virou em outro corredor.
  - Samira. Não deixe ele fugir - Disse Lukas.
  Samira passou por cima da estante caída e e virou em direção ao corredor. Quase caiu fazendo a curva, mas conseguiu manter o equilíbrio e continuou. Lukas desviou da estante e continuava perseguir a mulher. Olhando para o lado, ele viu uma passagem que ligava os dois lados do quinto andar, e acabou tendo uma ideia.
  Olhando para trás, e não vendo o garoto, a mulher parou de prestar a atenção no que estava fazendo e diminuiu a velocidade, mas ainda corria. Que idiotas. Pensou ela. Foram atras daqueles dois e esqueceram de mim. Isso vai ser mais fácil do que parece.
  Ela não prestou muito a atenção ao seu redor, e tropeçou em algo, caindo no chão. Ficou ajoelhada e virou para trás. Ao ver Lukas atrás do pilar, com um sorriso no rosto e com o pé levantado, uma ira percorreu sua mente e seu corpo.
  - Você é rápida - Disse Lukas - Mas é idiota. Nunca abaixe a guarda. É assim que você perde.
  A mulher começou a rir. E, ao se levantar deu um salto perfeito e dobrou a distancia entre eles.
  -  Eu não abaixei a guarda - Retrucou ela - Na verdade, você é que abaixou a sua.
  Lukas não intendeu no primeiro momento, mas logo viu que algo estava errado. Sua visão ficou um pouco embaçada, mas logo voltou ao normal. Um arrepio percorreu seu corpo e por um segundo pensou estão com tonturas.
  - O que você fez? - Perguntou ele.
  - A fumaça que vocês inalaram continha uma toxina que entorpecem os sentidos. - Disse ela rindo - Vocês caíram na minha armadilha.

  O homem correu ainda mais ao perceber que Samira vinha em sua direção. Ele já estava cansando, e Samira parecia ter acabado de começar a corrida.
  - Volta aqui - Gritou Samira.
  O homem resolveu não atender ao pedido de Samira e continuou correndo.
  Ao virar em um novo corredor, se chocou com seu colega e os dois caíram para trás.
  - Seu estupido, olhe por onde anda. - Gritou ele.
  Samira parou para pegar folego, viu os dois homens no chão e Diego aparecendo em um corredor diferente. Mais que depressa, Samira retira seus Hashis e mira na cabeça de cada um.
  - Samira - Gritou Diego - Não.
  - Dooshite(1) - Gritou Samira sem tirar os olhos dos dois - São demônios Diego.
  - Não Samira, são humanos, pessoas comuns. Simples ladrões.
  Samira não podia acreditar que quase matou um homem comum. Ela não era uma assassina.
  - Samira, cuidado - Disse Diego.
  Um dos homens havia levantado e correu em sua direção com uma faca. Não sou uma assassina. Pensou ela.
***
  Trevor tocou a campainha da academia umas dez vezes, mas ninguém atendeu. Pensou em pular o muro, quando a porta se abriu. Samantha estava parada de braços cruzados olhando para ele. A porta se abriu e ele foi ao encontro dela. 
  - Já voltou? - Disse ela
  - Os outros três já voltaram? - Perguntou ele ignorando a pergunta dela.
  - Não. Entre.
  A academia estava sem nenhum tipo de iluminação. Samantha pegou um vela que tinha colocado em uma pequena mesa próxima ao portão e foi até a sua sala. Ao chegar a porta da sala, virou o rosto e olhou para Trevor.
  - Vá descansar um pouco, amanha você me trás o seu relatório.- Disse Samantha e entrou na sala, fechando a porta atrás de si.
  Trevor não pareceu se importar com a escuridão. Apenas subiu as escadas e  foi para seu quarto.
  Deixou a chave em cima da escrivaninha e o guarda-chuva ao lado, prometendo devolver para o dono.
*** 
  Centímetros faltavam para a lamina da faca acertar a barriga de Samira, antes do homem ser atirados contra um dos pilares de sustentação. Acabou desmaiando. 
  O outro tentou se levantar para fugir novamente, Diego correu para segura-lo, quando se jogou para pega-lo abraçou o vento e caiu no chão.
  - O que? - Espantou ele.
  - Finalmente fez efeito - Sussurrou o Homem.
  Diego não intendeu o que ele quis dizer com isso, então se levantou e encarou o homem por alguns segundos antes de pegar sua espada novamente.
  - Não sei como você faz isso, mas quando eu te apagar, vou pegar essa espada pra mim.
  - Vai sonhando - Retrucou Diego
  Diego atacava o homem com tudo que tinha, mas parecia que o homem não sentia nada. Nada? Como pode estar vivo depois de tantos ferimentos que causei? ele é humano, como pode?
  - Diego - Disse Samira - Pare de atacar o vento, o homem esta a dois metros de você.
  - Como? - Disse o homem - Você deveria ter sido afetada pelo gás também.
  O gás! Pensou Diego. O gás fez isso. Não consigo ver onde ele esta.
  - Esqueceu - Disse Samira triunfante - Eu corri atrás de vocês antes de cheirar aquele gás. Sou a unica que não estou envenenada.
  Por um segundo, o homem pareceu surpreso, mas um sorriso se formou em seu rosto.
  - Deveria prestar a atenção em seu refém - Disse ele
  - Ele... - Samira começou a dizer, mas foi imobilizada pelo outro homem que aparentava estar desmaiado.
  - Você vai ficar quietinha. - Disse ele.
  Diego sabia que tinha que fazer alguma coisa. Mas para isso tinha que se livrar do homem que estava na sua frente primeiro. Ele recomeçou os ataques inúteis a uma imagem que não existia. Sentiu chutar sua barriga e ele cambaleou para trás.
  Esta criando ilusões usadas em show de mágicos contra Diego. Ele esta vendo uma realidade distorcida. Pensou Samira.
  Samira percebeu a fúria no olhar do Diego. Ele nunca ficou assim, nem mesmo quando perdia uma partida de basquete. 
  Diego olhou fixamente para o homem. Seus olhos pareciam brilhar.
  - Você pode esconder seu corpo - Disse Diego para o homem - Mas não pode esconder sua alma de uma pessoa como eu.
  - O que você quer dizer com isso? - Disse o homem curioso.
  Diego continuava em silencio, apenas olhando para ele. Quando um sorriso se formou em seu rosto.
  - Te achei.
  Ele, então, correu, passou pela imagem falsa do inimigo e correr em direção a um determinado local onde não havia nada. Nada, alem de uma esfera azul pulsante. Preparou a espada.
  - Diego - Gritou Samira - Não faça nenhuma burrada.
  Ele chegava cada vez mais perto, mais perto. O homem começou a se espantar, já sabendo que estaria morto. Até fechou os olhos. Medroso. Pensou Diego.
  O homem perdeu o ar quando Diego socou sua barriga, tentou manter-se acordado, mas acabou desmaiando.
  Samira aproveitou a oportunidade e deu uma cabeçada no queixo do homem que a segurava. Já que não tinha estatura suficiente para acertar o nariz, foi o máximo que conseguiu fazer, mas acabou dando certo. Pensando rápido, Samira viu que ele estava a poucos metros da escada rolante. Ela usou seu próprio corpo e empurrou o homem, que ainda estava atordoado pela dor no queixo, até a escada e o jogou, fazendo-o chegar ao quarto andar da melhor maneira possível.
  - Você é do demônio, garota - Disse Diego, olhando a situação do homem ali em baixo.
  Ela amarrou seu cabelo com os hashis, e olhou com um ar de simpática.
  - Não sei do que você esta falando - Ironizou sorrindo.
  - Vamos pega-los e arrumar um jeito de prende-los. Depois vamos atrás do Lukas.
  - Não deve estar longe - Disse Samira - Nos separamos não muito longe daqui.
  - Então vamos.

  Lukas foi chutado algumas vezes. Ele não conseguia acertar a mulher de nenhuma maneira possível. Tem que ter uma forma de acertar o verdadeiro corpo dela. Isso é apenas uma ilusão. A real deve estar em algum lugar perto. Por causa da forte chuva que começou a cair, Lukas não conseguia ouvir os passos da mulher, então já concluía que não poderia contar com o sentido da audição, e sabia que sua visão não iria ajudar.
  - Você e seus amiguinhos não podem me vencer. Querem bancar os justiceiros, trabalhando pra policia.
  Ela acha que eu trabalho para a policia. Não parece ser um Oni disfarçado. Não, não é. Então só pode ser um alquimista. 
  Ele se levantou com um pouco de esforço. Agora, ele já não via mais uma mulher, mais sim três delas. E ele estava encurralado. Começou a olhar de um lado para o outro a procura de algo para ajudar. Pensou em usar o arco, mas era uma pessoa, podia mata-la. E seria um suicídio invocar Kaze em um lugar fechado.
  Dando mais uma olhada pela local, viu uma câmera mal escondida entre uma planta em um vaso próximo a uma loja de tênis. Por que teria uma câmera ali? Não faz sentido, por que colocariam uma bem ali.  A não ser que... Essa mulher. Ela correu freneticamente para cá, e não tentou avançar quando eu apareci, mesmo estando com o caminho livre. Ela queria vir para cá. Aquilo que ela jogou no chão era uma bombinha de gás que você compra em qualquer site de internet, ou ate mesmo pode fazer em casa. Ou seja, ela não é um alquimista, é uma humana comum como qualquer outra, só que com um kit de magica. E aquela câmera é um holograma, esta criando replicas dela.
  As três mulher começaram a avançar. Só tenho tempo para acertar uma, mas qual a verdadeira.
  Como que por um milagre, um raio cortou o céu, a luz, passando por uma parte do telhado feito de vidro, iluminando todo o local. Lukas observou que só a mulher da esquerda produziu sombra.
  - Se um corpo não produz sombra - Disse Lukas retirando os anéis, que se transformaram em suas armas. - Não são reais.
  Ele mirou com muita precisão e atirou uma flecha. O objeto pontiagudo acertou de raspão a perna da mulher, que gritou de dor e caiu no chão. Lukas, mais que depressa atirou outra flecha no projetor e uma das imagens sumiu. Não me importo com a outra, já sei qual a verdadeira.
  Lukas imobilizou a mulher colocando um pé sobre suas costas e segurando uma de suas mãos. Ela se debatia, só que ele a segurava com mais força. Ouviu barulhos de passos apressados e avistou Samira e Diego arrastando dois homens amarrados por uma corda. Eles estão bem. Pensou Lukas.
  Os três amigos colocaram os três ladrões juntos encostados no pilar e sentaram no chão, esperando por alguma coisa que nenhum deles sabia direito o que era.
  - Foi divertido - Disse Diego e foi a unica coisa que disseram.
-------------------------------------------------------------------------------------------
(1) - Por que?

domingo, 29 de setembro de 2013

Ressonância 21º

Capitulo Vinte e Um

Os ilusionistas

  - Quem diria que shopping podiam ser sombrio? - Disse Samira.
  Os três estavam acabando de vasculhar o terceiro andar e iam em direção a escada para o próximo andar. Eles não tinham vasculhado os dois primeiros andares ainda, mas acharam melhor subir o que faltava e depois descer tudo.
  - É um shopping comum Samira - Disse Lukas - Só que sem luz.
  - Nada nesse andar, vamos subir. - Disse Diego na metade da escadaria.
  O quarto andar parecia estar do mesmo jeito que o terceiro. As lojas fechadas, uma escuridão perturbadora, e um silencio desconfiante. Cada passo que eles davam, era como se algo fosse surgir do chão e agarrar seus pés.
  Diego trouxera uma pequena lanterna e ia na frente iluminando o caminho, Samira estava logo atras observando cada detalhe via e Lukas estava por ultimo, sempre atento a qualquer barulho que viesse do caminho já percorrido por eles.
  - Tem certeza que é esse o lugar? - Perguntou Diego - Está normal demais.
  - Fique de olhos abertos - Disse Samira - Aquelas coisas gostam de aparecer do nada.
  Os três estavam se distraindo com a conversa, e nem prestaram a atenção quando viraram a esquina. Os três deram de cara com um homem enorme e careca, usava um terno e tinha uma expressão seria. Ele quase matou Samira de susto, e os meninos não conseguiram conter  cara de espanto.
  - O que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou ele.
***
  O lugar tinha ficado meio destruído, mas Trevor não podia fazer nada a respeito. Passou por meio dos destroços e caminhou em direção a saída. Perto da entrada do cemitério quando viu um homem de meia idade parado olhando para ele. Um meio sorriso se formava em seu rosto, mas não tirava a seriedade que ele tentava transmitir. Apoiado em um guarda-chuva, parecia esperar por Trevor.
  - Nunca imaginei que o próprio ceifador viria trazer a paz para um de suas próprios locais. - Disse o senhor.
  - Não é nada disso senhor - Disse Trevor com um pequeno sorriso.
  - Não?
  - Não senhor. Estou aqui apenas para cumprir a missão que foi designada á mim.
  O senhor começou a pensar.
  - Missão? Sim, sim, agora me lembro. Coloquei um panfleto alguns dias atrás. Bom, tenho que agradecer pelo serviço.
  - Não tem que agradecer - Disse Trevor- Fiz meu trabalho apenas. Agora tenho que ir.
  - Claro, mas antes leve isso com você - Disse o senhor oferecendo o guarda chuva - Sinto que vai precisar dele.
  Trevor não disse nada, apenas pegou o guarda-chuva, e se virou em direção a saída.
  - E leve está copia da chave como pagamento extra pelo trabalho - Continuou o homem - Supondo que você teve que pular o muro para entrar aqui. Mas agora pode entrar quando bem quiser.
  - Já que o senhor insiste.
  Quando chegou ao portão virou para trás, mas o senhor já não estava mais lá.
***
  - Vou repetir - Disse o segurança - O que vocês estão fazendo aqui?
  Os três congelaram. Nenhum dizia uma palavra, respirar era a unica coisa que eles tinham em mente. O que vamos fazer? Pensou Lukas. Fiquei pensando em um esquema para entrar sem sermos notados e acabei esquecendo dos seguranças. 
  - Viemos aqui fazer uma missão de reconhecimento, em nome da academia canadense - Revelou Diego.
  - Diego! - Repreendeu Lukas.
  O segurança ficou olhando para eles por alguns segundos, depois sua expressão suavizou e então ele riu, riu de verdade.
  - Então eles mandaram gente para investigar os acontecimentos. Fui eu que mandei um panfleto de ajuda. Podem vasculhar o shopping a vontade, qualquer duvida é só me chamar.
  Eles concordaram e continuaram sua procura.
  - Como ele sabe da academia? - Perguntou Samira
  - Não sei - Respondeu Lukas - Se apenas alquimistas podem vê-la, como aquele guarda saberia? Ou ele é um alquimista ou um humano com ligação a magia.
  - Vamos perguntar a Dianna quando voltarmos - Disse Diego - Agora foco na missão atual.
  Decidiram que os três deveriam ir um do lado do outro, para não ter mais uma surpresa desagradável. Ficaram o resto do caminho do quarto andar em silêncio, não por falta de assusto, mas sem nenhum barulho desnecessário, era mais fácil de ouvir passos ou vozes.
  Samira começou a dar trabalho quando passaram em uma loja de ''tudo para roqueiros''. Ela até pensou em roubar algumas coisas e colocar a culpa em quem quer que seja que estava assaltando o lugar, as Lukas tirou-a do transe.
  - Não a nada aqui, vamos para o ultimo andar e depois descemos - Disse Diego.
  Lukas começou a subir as escadas, com Samira logo atrás, quando eles escutaram um barulho de vidro caindo no chão. Automaticamente, Lukas virou para trás se preparando para gritar com Diego, imaginando que ele tinha quebrado mais alguma coisa. Logo viu que Diego estava atrás de Samira e nada tinha feito, então percebeu que o barulho vinha de cima. Os três correram até terminar as escadas, Samira continuou avançando e parou atrás de um piar. Soltou seus cabelos e as armas apareceram em suas mãos.
  - Venham - Sussurrou ela.
  Os dois foram ao encontro dela. Quando chegaram, puderam ver melhor a situação. Em uma joalheria havia dois homens e uma mulher com aparência de uns vinte e cinco anos. Usavam roupas casuais, como se não estivessem se preocupando se fossem pegos ou não.
  - Estão prontos? - Perguntou ela
  - Você sabe que eu já nasci pronto - Disse Diego
  - Vamos nessa - Completou Lukas
***
  Trevor resolveu voltar a pé todo o caminho. Ainda estava escuro e as ruas desertas. O ar frio era ótimo para refrescar a memoria, e Trevor adorava isso.
  Caminhando, uma gota caiu em sua cabeça, olhando para o céu, varias outras começaram a cair, e logo estava chovendo. Abriu o guarda-chuva dado pelo senhor e continuou caminhando. Como ele sabia que ia chover? Foi a unica pergunta que Trevor poderia pensar naquele momento.
***
  Samira se escondeu atrás de outro pilar, do lado oposto do pilar onde estava, que por sinal era onde Lukas permaneceu para caso de emergência. Torcendo para que tudo desce certo, Diego saiu de seu esconderijo e foi caminhando até a joalheria. Demorou muito para os três notarem a presença de Diego. Eu poderia roubar a loja inteira com eles ali dentro que nem me notariam. Pensou ele.
  Quando o primeiro o notou cutucou a do lado o disse:
  - Chefe, temos companhia. 
  O mulher que estava meio se virou, mas não pareceu impressionada, intimidada, ou assustada. Era como se Diego fosse algo insignificante. 
  - Não me interessa, esse cara não é o primeiro que aparece aqui, e pelo jeito não sera o ultimo. Acabem com esse moleque.
  O do outro lado se levantou e pegou algo do cinto que brilhava com a pouca luz que tinha ali. O homem andou metade do caminho e correu a outra metade. Um pequeno sorriso se formou no rosto de Diego, quando o homem parou, percebendo que havia uma lamina maior a centímetros de seu pescoço.
  - Roubar é tão feio - Disse Diego - Sabia disso?
  O cara não respondeu, mas pareceu se irritar com a pergunta de Diego. 
  - Ora, ora, ora - Disse a que seria o ''chefe'' - Não precisamos derramar uma gota de sangue aqui, não é? Abaixe isso ai e vamos conversar.
  Diego obedeceu e abaixou sua espada. O cara deu alguns passos para trás e ficou lado a lado com seus parceiros.
  - O que você quer? Joias? Nós podemos te dar algumas, só nos deixe terminar aqui, ok? - Disse a chefe.
  - Não é assim que funciona - Disse Diego animado - Eu mato vocês, e ai vocês voltam para o mundo de onde vieram e todos ficam felizes.
  Samira estava preparada para atacar, e Lukas já estava com a flecha no arco.
  Diego não exitou e desferiu um golpe na chefe. Os dois que estavam ao seu lado deram um pulo para trás, e a chefe conseguiu desviar, mas a ponta da espada acabou acertando seu rosto. Ela virou furiosa e lançou um olhar de ódio para Diego. O sangue começou a escorrer pelo pequeno ferimento causado pela espada. O que? Pensou Diego assustado. O sangue não era como os de um Onis, não eram negros, eram normais. Vermelhos.
  - Seu desgraçado - Gritou a Mulher.
  O que deu nele? Perguntou Lukas a si mesmo. Por que parou?
  Diego não estava intendendo o que realmente estava acontecendo. Olhou fixamente para os três  na esperança de não encontra alma nenhuma. Mas se decepcionou ao ver três esferas azuis.São humanos. Humanos comuns. 
  - Acabem com a raça desse cara. - Disse a chefe nervosa.
  Os seus dois comparsas não pareciam levar jeito para ladrão. Eram desengonçados e não seguravam direito as facas que tinham na mão. eles investiam contra Diego, que não parecia ter nenhuma dificuldade em desviar.
  Um tiro ecoou pelo andar. Samira apareceu irritada e tinha uma colt apontada para cada um dos homens. é incrível como ela passa de fofinha para demônio quando ativa as colts. Pensou Diego.
  - Dá pra você parar com essa brincadeira de pega pega e acabar logo com esses três? - Gritou ela.
  Ela acabou com todo o plano. Pensou Lukas, saindo do seu esconderijo, já sabendo que teria que ser do modo difícil mais uma vez.
  - Chefe - Disse o do lado direito - Eles são três. 
  - Vocês dois saíram do seus lugares. - disse Diego indignado. 
  - Você tava brincando com eles quando deveria destruí-los - Comentou Lukas.
  A chefe começou a rir freneticamente. 
  - Ta rindo de que? - Disse Samira mais irritada do que antes.
  - Nada não - Disse a Mulher tirando uma coisa pequena e redonda do bolso. - Adeus.
  Jogando o objeto no chão, uma cortina de fumaça apareceu e quando se dispersou, os três haviam sumido.
  - Cade eles? - Perguntou Diego
  - Ali - Gritou Samira já correndo em direção a eles.
  A chefe ia na frente, e seus dois subordinados desengonçados iam atrás. Estão planejando alguma coisa. Pensou Lukas. Qualquer um que queira fujir, iria correr para a saída, não para o lado oposto.
  Samira corria feito uma louca atrás dos caras.
  - Samira - Disse Lukas - Espera, eles estão tramando alguma coisa.
  Mas ela não ouviu apenas continuou correndo.